Na tentativa de resolver a situação problemática das obras do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), o prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), vai se reunir em audiência hoje, às 15h30, com o juiz federal, Julier Sebastião, da Primeira Vara Federal de Mato Grosso, e que determinou a prisão de 11 pessoas na operação Pacenas da Polícia Federal, por fraudes em licitações do projeto. Seguindo os mesmos passos do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), que esteve com o magistrado ontem, Murilo também quer obter informações sobre os procedimentos que deverá tomar, já que as obras dos três lotes da cidade estão paralisadas.

O prefeito vai juntamente com o procurador do município, Geraldo Oliveira, secretário Jeverson Missias de Oliviera, atual diretor-presidente do Departamento de Água e Esgoto municipal (DAE/VG) e coordenador do PAC, como também o ex-secretário de comunicação, Benedito Gonçalo de Campos, o Dito Loro.

O Consórcio Cuiabano vinha realizando obras nos lotes 1, 3 e 5 na capital e três lotes em Várzea Grande, cujos proprietários foram presos por decisão do próprio magistrado federal sob alegação de conluio para fraudar as licitações. Na Cidade Industrial os lotes são de água e esgoto nos valores de R$ 30 milhões e R$ 17 milhões (Três Irmãos/Gemini), Urbanização (lote 3) no valor de R$ 22 milhões, empresa Lúmen.

Murilo Domingos deverá decidir se vai optar pelo cancelamento das licitações ou não. Ele disse ao site Olhar Direto que essa poderá ser a melhor saída, no entanto, prefere discutir o assunto na audiência. Para o prefeito a grande problemática é que as empreiteiras estão paralisadas nos bairros. A denúncia do Ministério Público Federal aponta que houve irregularidades nas licitações do município.

Dos 11 presos, dois eram da cidade: Milton Pereira Moreira – presidente de licitação da prefeitura de Várzea Grande – e Jaqueline Favetti – auxiliar da comissão de licitação de Várzea Grande. Eles tiveram o pedido de revogação indeferido ontem, pelo juiz federal Julier Sebastião.