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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Reportagem da Época

Bezerra teria recebido doação da JBS para votar em Eduardo Cunha para presidente da Câmara

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Bezerra teria recebido doação da JBS para votar em Eduardo Cunha para presidente da Câmara
A revista Época publicou uma reportagem especial onde revela o conteúdo de documentos entregues pelos delatores da JBS/Friboi, que apontam que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) comprou sua vitória na campanha para a presidência da Câmara Federal, em 2015. Entre os citados está o deputado federal por Mato Grosso, Carlos Bezerra (PMDB), que teria recebido doação da JBS para votar em Cunha. O valor do dinheiro repassado não foi divulgado.


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Confira abaixo a íntegra da reportagem da Época, assinada pelo jornalista Diego Escosteguy:
 
A nova leva de documentos da JBS entregues à Justiça, e obtidos por ÉPOCA com exclusividade, joga luz num episódio que será capital na delação do ex-deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro: a compra indiscriminada de deputados, sobretudo do chamado centrão, para garantir a vitória do peemedebista na eleição a presidente da Câmara, em 2015.



Cunha, conforme já revelou ÉPOCA, atuou como tesoureiro informal do PMDB em 2014. Cobrava de empresas – como a JBS – e se certificava de que os deputados fiéis fossem devidamente contemplados. Batia contas com o então vice-presidente, Michel Temer, segundo já admitiu seguidas vezes a interlocutores, todas as semanas. Aquele período eleitoral, entretanto, era duplo para Cunha. Ele tentava se reeleger deputado e, ao mesmo tempo, presidente da Câmara. Precisava abastecer a campanha de seus aliados – e, se necessário, sabotar a campanha daqueles que não se vergavam a ele, financiando os adversários de seus adversários.
 
Como se descobriu na delação da JBS, Joesley embarcou no projeto de poder de Cunha. Topou repassar R$ 30 milhões ao deputado. De acordo com planilhas e relatos obtidos por ÉPOCA, Cunha centralizou o reparte do dinheiro – e só ele, portanto, poderá revelar a quem entregou os recursos, boa parte em dinheiro vivo. Além de R$ 4 milhões à bancada mineira do PMDB, Cunha determinou o pagamento de R$ 1 milhão, em cash, ao deputado e ex-ministro Marcelo Castro. Gastou outros R$ 10,9 milhões direcionando a verba da JBS para empresas que lavavam seu dinheiro e de seus aliados.
 
Desse total, R$ 7,8 milhões foram depositados em escritórios de advocacia. Outros R$ 11,9 milhões foram recolhidos por Cunha, em dinheiro, por meio do assessor em quem mais confia, Altair Alves Pinto. Sempre no Rio de Janeiro. Houve também doações oficiais ao PMDB. Além de pagamentos de contas controladas por Joesley, na Suíça, a contas controladas por Lúcio Funaro, o doleiro conhecido como Mameluco.
 
Procurada, a defesa de Eduardo Cunha, preso no Paraná, afirmou não ter conhecimento sobre os fatos citados.
 
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