A Lei 13.637/2018, que cria a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), foi publicada na edição desta quarta-feira, 21, do Diário Oficial da União, deixando ela desmembrada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O relator da matéria na Comissão de Educação, senador Wellington Fagundes (PR-MT) fez o anúncio durante pronunciamento em plenário "com sentimento de muita alegria e satisfação".

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Em seu pronunciamento, o senador disse, que a UFR chega “vencendo poderosas malhas burocráticas" – a qual, segundo ele, indica a necessidade do Parlamento criar uma nova orientação legislativa para ajudar a induzir a expansão do ensino e do conhecimento.
 
Rondonópolis está entre as cidades que mais crescem no Brasil. É o segundo maior Produto Interno Bruto de Mato Grosso, resultado da disseminação de tecnologia e da gestão empresarial no campo, o que lhe proporciona dinamismo econômico e competitividade no setor do agronegócio. O município é polo de produção, que contribui para fazer de Mato Grosso o campeão nacional de produção de soja, algodão e carne, além de milho, sorgo e cana-de-açúcar.
 
"Como é uma região que se destaca pelo agronegócio e pela agricultura familiar, será importantíssima a contribuição desta universidade, com a oferta sistemática de uma formação focada nas carências profissionais da região" – disse.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, também comemorou a conquista para a cidade de Rondonópolis. “Parabéns a Rondonópolis, cidade que me recebeu em 1981 como um dos seus. A luta de muitos, hoje foi conquistada, foi criada pelo Presidente Temer a UFR. Parabéns a todos que se envolveram nesta empreitada, aqui no congresso Deputados Senadores da nossa bancada, liderada pelo Senador Welinton Fagundes, esta é uma vitória da Cidade e do estado de Mato Grosso”, celebrou. 
 
O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), comemorou a autorização dada pelo governo federal. Em 3 de março de 2015, o parlamentar foi responsável em encaminhar uma indicação à Presidência da República sugerindo a criação da Universidade.

“Em 2015, o campus de Rondonópolis já oferecia 21 cursos de graduação incluindo Medicina e três cursos de mestrado nas áreas de Engenharia Agrícola, Educação e Geografia e um curso de Doutorado Interinstitucional. Agora, com a criação da Universidade Federal de Rondonópolis, a tendência é que investimentos sejam viabilizados e aumente o potencial nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Rondonópolis tem muito a comemorar”, declarou o deputado Gilmar Fabris.

Serão beneficiadas diretamente 18 municípios.  Entre eles estão: Primavera do Leste, Campo Verde, Tesouro, Guiratinga, Poxoréo, Dom Aquino, Itiquira, Jaciara, Juscimeira, Pedra Preta, São José do Povo, Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, e São Pedro da Cipa.
 
Seminário de Educação – O próximo passo agora, segundo informou o senador, será buscar a consolidação da UFMT "de forma diferenciada, com participação efetiva da sociedade organizada, que terá um papel preponderante, com participação no Conselho Diretor, composto por representantes da universidade, dos entes políticos, como Prefeitura, Câmara e entidades".  
 
Está marcada para o dia 13 de abril, a realização de um seminário destinado a refletir sobre que universidade desejada para Rondonópolis, com que vocação ela se apresentará aos desafios. A ideia, segundo o senador, será reunir especialistas que vão ajudar nesse direcionamento e também na definição de um modelo de participação da sociedade.