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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Bruno sustenta mito de goleiros ''esquentadinhos''

A posição de goleiro sempre foi apontada como a mais desumana do futebol. Fora as pancadas, os jogadores que arriscam a vida debaixo das traves estão sujeitos a frangos e a definirem sozinhos os resultados de uma partida. Mas tem o outro lado. Solitários, eles têm mais tempo para pensar na partida e até tomar cafezinho à beira do gramado. Só que isso não impede a existência de arqueiros "esquentadinhos".


Na última segunda-feira, o flamenguista Bruno discutiu com o auxiliar técnico Andrade durante um treino recreativo. O goleiro se irritou com uma marcação do ex-jogador, que apitava o rachão. "Como jogador você ganhou muita coisa, mas como treinador você não é nada. Você não é meu treinador", disse o guarda-metas. Andrade se retirou de campo.

O exemplo é só mais uma das exceções à regra. Pois, como exige o manual do bom goleiro, é preciso ter mais do que aptidões físicas. De um bom goleiro deve-se exigir disciplina, firmeza, tranqüilidade, atenção, inteligência, preocupação. Uma seqüência de características que às vezes escapam das luvas e transformam o arqueiro em um descontrolado.

Além de Bruno, preparamos uma série de mais nove goleiros que fazem e fizeram história com atos nada invejáveis. Quem encabeça a lista é Fábio Costa, do Santos - polêmica certa de tempos em tempos. Também não poderiam faltar Danrlei (suspenso no momento), Ronaldo e um arqueiro argentino. Confira os outros nove "esquentadinhos":

Fábio Costa
Discutiu com o zagueiro Fabiano Eller em fevereiro deste ano, e os dois teriam partido para a agressão física. No intervalo do jogo contra o Marília, o arqueiro responsabilizava o defensor por um gol sofrido, enquanto seguranças e jogadores tentavam apartar a briga.

Em novembro do ano passado, após derrota do Santos para o Vasco, teria dito que o quarto árbitro era um "auxiliarzinho de m..." e que deveria ir ao vestiário do time carioca para "pegar uma lembrancinha". Julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foi absolvido por unanimidade.

Meses antes, em janeiro, teria ficado alterado e gritou com o preparador de goleiros e auxiliar-técnico do Santos, Pedro Santilli. Os gritos não agradaram ao técnico Emerson Leão, que acabou dispensando o jogador da concentração. Pouco tempo antes, já tinha discutido por não querer descer do quarto para almoçar.

Em outubro de 2006, foi suspenso por sete partidas do Campeonato Brasileiro pelo STJD por ter ofendido torcedores do Santos, mostrando o dedo do meio, e trocado agressões com um deles ao sair do vestiário, após confronto com o Fluminense.

Quando defendia o Corinthians, foi suspenso por dois jogos pelo STJD pela expulsão após um gesto insinuando que o árbitro Heber Roberto Lopes estava "roubando" o Corinthians em uma partida contra o Vitória, em 2004.

Danrlei
Foi suspenso por 120 dias pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) por ter se envolvido em uma confusão contra o Ulbra, pelo Campeonato Gaúcho, no mês passado. Ele não gostou da comemoração de um gol do atacante adversário e partiu para a briga.

Em junho de 2005, quando ainda jogava pelo Atlético-MG, pegou cinco jogos de gancho do STJD em função de uma discussão com o argentino Tevez, do Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. Mas seu retrospecto não pára por aí.

Em 2002, agrediu um dos assistentes na derrota do Grêmio para o 12 de outubro do Paraguai, pela Libertadores, e foi suspenso por um ano de jogos internacionais pela Fifa. Recorreu e ganhou. Além disso, já desferiu pontapés e tapas em juízes, companheiros e adversários.

Ronaldo
Na final do Campeonato Paulista de 1993, saiu da grande área para tentar interceptar um lançamento para o atacante Edmundo, do Palmeiras. Quando foi driblado, acertou um chute para derrubar o jogador, que faria o gol contra o Corinthians, e foi expulso.

Fora isso, o goleiro roqueiro - tinha uma banda do gênero - ficou com fama de encrenqueiro por sempre berrar com a arbitragem e sua própria zaga. Depois das grandes defesas, ele se levantava e gritava para reclamar do posicionamento.

Já depois de aposentado, protagonizou algumas discussões acaloradas nas partidas de Showbol, defendendo a equipe alvinegra no torneio que conta com veteranos.

Leão
Conhecido por seu gênio intempestivo como treinador, o atual treinador do Atlético-MG tinha fama de encrenqueiro desde a época em que atuava como goleiro. Em 1978, no primeiro jogo das finais do Campeonato Brasileiro, no Morumbi, quando defendia o Palmeiras, ele protagonizou o lance que definiu a partida ao dar uma cotovelada em Careca. O juiz Arnaldo César Coelho expulsou o goleiro palmeirense e deu pênalti.

Leão, que alegava não ter feito nada, levou cerca de sete minutos para deixar o campo. Nesse meio tempo, o ex-jogador conseguiu armar um tumulto generalizado, tentou tirar satisfações com árbitro e inclusive quis agredir um oficial da Polícia Militar.

Após a saída de Leão, o atacante Escurinho acabou indo para o gol e não conseguiu evitar o gol de Zenon na cobrança.

Doni
Em abril do ano passado, o goleiro da Roma envolveu-se em uma áspera discussão com o lateral-direito Panucci após sofrer um gol da Udinese. Ele reclamou com o italiano, deu-lhe um tapa e por pouco não houve agressão.

Quando defendia o Corinthians em 2003, acertou uma voadora no meio-campista Fabiano, do Santos, após uma briga generalizada no gramado. Pegou 40 dias de suspensão do STJD.

Carlos Kameni
Em janeiro deste ano, partiu para cima de um torcedor depois de ouvir durante treinamento do Espanyol que não deveria renovar seu contrato porque não estava jogando bem. O goleiro segurou o torcedor pelo casaco e exigiu respeito até ser contido por companheiros de clube.

Gastón Sessa
Defendendo o Vélez Sarsfield nas oitavas-de-final da Copa Libertadores de 2007, entrou forte em uma dividida com Rodrigo Palacio, do Boca Juniors. O guarda-metas fez a defesa da bola no ar e levantou a perna para acertar as traves da chuteira no rosto do adversário. O atacante caiu imediatamente no gramado com ferimentos.

Fabiano
O goleiro defendia o América-MG. Após a marcação de um pênalti a favor do Avaí, pela Série B do Campeonato Brasileiro de 2003, reclamou com o árbitro e recebeu o cartão amarelo, se revoltou e agrediu-o: deu um tapa no rosto de Marcos Tadeu Mafra, um chute por trás e ainda o perseguiu.

Chilavert
Em 2001, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, o goleiro paraguaio cobrador de bolas paradas acertou um cuspe no lateral-esquerdo Roberto Carlos, da Seleção Brasileira, já depois do jogo. Foi suspenso pela Fifa por alguns jogos internacionais.
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