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“Sempre falei que sabia que o chefão era o governador”, dispara Zeca Viana sobre grampos

29 Jul 2018 - 08:35

Da Reportagem Local - Carlos Dorileo / Da Redação - Isabela Mercuri

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

“Sempre falei que sabia que o chefão era o governador”, dispara Zeca Viana sobre grampos
“Pra mim não é uma surpresa, sempre nas minhas falas eu sempre falei que sabia que o chefão era o governador e o primo dele, eu não tinha dúvidas”. A declaração foi dada pelo deputado estadual Zeca Viana (PDT), horas após o depoimento cabo Gerson Corrêa em que Pedro Taques (PSDB) foi citado como sendo o responsável pelas interceptações ilegais operadas por um núcleo da Polícia Militar em Mato Grosso.


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“Eu li hoje cedo. Pra mim não é uma surpresa. Nas minhas falas eu sempre falei que sabia que era o chefão era o governador e o primo dele, eu não tinha dúvida, porque o militar é subordinado, eles não iam tomar uma decisão tão drástica daquela sem ter o aval dos mandantes deles. Agora veio a tona, cada um vai pagar pelos seus fatos”, afirmou o deputado na manhã de sábado.

As declarações do cabo Gerson Corrêa foram feitas durante interrogatório na 11ª Vara Criminal Militar, sobre a existência dos grampos ilegais em Mato Grosso. No depoimento, que foi até as 5h da manhã, o policial militar afirmou que o governador Pedro Taques (PSDB) e o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, eram os principais beneficiários do esquema.

Zeca ainda lamentou que isso só tenha vindo à tona agora, nas vésperas da eleição. “Isso já poderia ter saído lá atrás, porque pelo menos já teria solucionado os problemas. Mas, infelizmente, saiu agora, mas nunca é tarde. O problema é elucidar esse caso. (...) O próprio governador vinha negando. E como diz o ditado, a mentira tem perna curta. A coisa veio à tona agora e ele vai ter que arcar com as consequências”, finalizou.

Outro lado 

O Governo do Estado informa que o governador Pedro Taques determinou a apuração de todos os fatos relacionados às supostas escutas telefônicas clandestinas assim que a denúncia chegou ao conhecimento dele, em 2015, garantindo independência das Polícias Civil e Militar nas investigações.

O Governo do Estado ressalta ainda que o governador Pedro Taques solicitou ao Superior Tribunal de Justiça que ele próprio fosse investigado neste caso para comprovar, perante a Justiça, que não teve qualquer envolvimento nos fatos narrados por terceiros.

Já a assessoria de imprensa do ex-secretário Paulo Taques afirma que a defesa nega as acusações e que se pronunciará nos autos do processo.

Contexto

Gerson Corrêa Júnior atuava no Gaeco e possuia o ‘know how’ na operação do Sistema Guardião de Interceptação Telefônica. Foi levado em 2015 para o Núcleo da Inteligência da Polícia Militar, na Casa Militar, época dos grampos. Continuou na Casa Militar até maio de 2017, quando teve prisão preventiva decretada por ter operado o esquema de interceptações telefônicas ilegais.

Os acusados desta ação penal militar são: Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista e Gerson Correa Junior. Os cinco respondem pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar.
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