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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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PROCESSOU CANDIDATA

“Agora o MPF entrou na história e mais gente vai ser chamada para depor”, diz José Rosa sobre suposto ‘caixa 2’ de Selma

Foto: Rogerio Florentino/Olhar Direto

“Agora o MPF entrou na história e mais gente vai ser chamada para depor”, diz José Rosa sobre suposto ‘caixa 2’ de Selma
O advogado José Antonio Rosa, um dos acusados por Selma Arruda (PSL) de promover uma “armação eleitoral” contra ela, prestou esclarecimentos ao Ministério Público Federal (MPF) na tarde de segunda-feira (02) acerca da ação monitória que seu cliente, o publicitário Junior Brasa, move contra Selma, que acabou resultando em uma denúncia de ‘caixa 2’ na campanha da candidata ao Senado. Conforme José Rosa, outras pessoas vão ser chamadas para depor no MPF.


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“O Brasa colocou à disposição ao Ministério Público as gravações da empresa dele, com horários e tudo, de quem entrou e de quem saiu, para demonstrar exatamente o contrário do que ela está falando. O Brasa só queria receber o que é de direito dele, mas ela optou por atacá-lo e agora o Ministério Público Federal entrou na história. Mais gente vai ser chamada aqui para depor, a história agora é outra”, disse o advogado, em entrevista ao Olhar Direto.

Enquanto José Rosa e Junior Brasa prestavam esclarecimentos ao MPF, Selma concedia uma coletiva de imprensa na qual exibiu áudio de uma ligação, que segundo ela comprovaria a extorsão e chantagem praticada por seu ex-marqueteiro.

Durante a coletiva, Selma afirmou que além de Brasa iria processar José Rosa e Lauro da Mata, que foi seu advogado no início da campanha, e seu adversário na disputa ao Senado Sebastião Carlos (Rede). Segundo a juíza aposentada, todos estariam juntos em uma “armação eleitoral” contra ela.

Na gravação apresentada por Selma, com duração de pouco mais de dois minutos, Junior Brasa nega ter se encontrado com Alan Maluf, conforme é sugerido pela candidata na ligação, e explica o motivo de sua reunião com Mauro Camargo, que segundo o publicitário teria lhe procurado para prestar serviços de mídias digitais.

De acordo com a juíza aposentada, a extorsão e chantagem praticada por Brasa estariam em outro trecho da ligação. Esta parte do áudio, no entanto, não foi divulgada.  

“É uma ligação que eu te digo com certeza que foi armada, ela ligou preparada para falar aquilo. Não teve reunião do Brasa com ninguém do Nilson, com ninguém de Alan Maluf, não teve nada disso. Não tem armação, o que tem aqui é um cliente que quer receber. Se ela pagar encerrou a discussão. Agora, as acusações que fizeram contra o Brasa de extorsão, de chantagem, coisa que nunca existiu, ela tem que provar. E se ela tiver mais gravações que disponibilize, não tem nada o que esconder. Se alguém está escondendo algo aqui é ela e eu acredito que orientada por sua equipe”, criticou José Rosa.

“Ela está me denunciando por quê? Porque eu sou Zé Rosa? É só por isso? Está denunciando o Lauro da Mata por quê? Um advogado que foi leal a ela. Está denunciando o Sebastião Carlos por quê? Todo mundo tem direito de petição, isso é Constitucional. Vai denunciar ele porque fez uma petição contra ela? Ele não inventou nada, os documentos estão lá. Conteste os documentos então, faça uma defesa. Ela não tem defesa, ela só acusa. Ela não está se atendo ao fato”, pontuou o advogado.

Notícia-crime
 
O advogado José Antônio Rosa apresentou notícia-crime contra Selma Arruda sob o argumento de que a candidata realizou denunciaçāo caluniosa contra ele ao ingressar com notícia-crime na qual o acusou de ser “maestro” de uma “orquestra toda” que teria o objetivo de ferir a candidatura dela. Rosa sustenta que Selma citou uma reunião inexistente que segundo a candidata teria sido feita entre Allan Malouf, Mauro Camargo, Junior Brasa e o próprio José Rosa, na qual teria sido arquitetado um plano para prejudicá-la.
  
“Alegação essa baseada em uma matéria inverídica e irresponsável, cujo jornalista que a escreveu sequer se encontrava na cidade, ou anexou qualquer documento que pudesse atestar a veracidade. Ocorre que tal jornalista parece prestar serviços diretamente para a campanha da noticiada, posto que a maioria das suas publicações visa defender Bolsonaro e a noticiante a qualquer custo”, sustenta José Rosa na ação.
 
“Não obstante à infame ação proposta pela noticiada, ela vem se valendo de diversos veículos de comunicação para imputar o crime de formação de quadrilha ao noticiante”, alega José Rosa. “Entende-se que quando ela ERA juíza ela podia dar entrevistas imputando crimes a réus ainda que por sentença não transitada em julgado sem nenhum receio de ser responsabilizada. Porém aqui o faz se evidências, sem processo e sem o escudo da toga. Logo, não pode furtar-se de ser responsabilizada por suas ações e suas palavras”, completa.
 
Denúncia de Caixa 2

Conforme divulgado em primeira mão pelo Olhar Direto, no ultimo sábado (29) o candidato ao Senado Sebastião Carlos (Rede) denunciou Selma Arruda por suposta prática de ‘caixa 2’. A denúncia foi feita com base na ação monitória proposta por Júnior Brasa, que revela pagamentos desde abril deste ano, no valor de R$ 700 mil, utilizando cheques de sua conta pessoal, conduta que é vedada pela Justiça Eleitoral.

O juiz eleitoral plantonista, Jackson Coutinho, recebeu a denúncia e afirmou que “quanto aos fatos trazidos, diversos documentos foram carreados aos autos, mostrando-se suficientes para a instalação da presente demanda”, acrescentou o juiz, autorizando a investigação.
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