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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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​contra Mauro

WF e Taques acionam Justiça e cobram investigação por vídeo de suposto caixa 2

Foto: Olhar Direto

WF e Taques acionam Justiça e cobram investigação por vídeo de suposto caixa 2
Os candidatos Wellington Fagundes (PR) e Pedro Taques (PSDB) acionaram a Justiça cobrando investigação por conta do vídeo em que o empresário Mauro Carvalho, apoiador de Mauro Mendes (DEM), aparece dando dinheiro para o deputado federal Valtenir Pereira (MDB).


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Wellington gravou vídeo no qual explica que encaminhou pedido de investigação ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e também à Polícia Federal e ao Ministério Público. Já Pedro Taques, ingressou com petição junto à Procuradoria Regional Eleitoral pedindo a quebra do sigilo bancário do empresário Mauro Carvalho e do deputado federal Valtenir Pereira (MDB); bem como busca e apreensão nos escritórios e comitês de todos os envolvidos, objetivando apreensão de dinheiro em espécie que estaria sendo utilizado para “caixa dois” de campanha.
 
A candidatura tucana também solicita para a procuradora regional eleitoral, Cristina Nascimento de Melo, a apreensão dos computadores dos comitês e escritórios, seja na tentativa de localizar o arquivo original do vídeo, seja para localizar outros possíveis vídeos onde apareçam pessoas ou candidatos recebendo recursos de “caixa dois”, assim como para localizar planilhas ou arquivos do tipo, onde possa se identificar contabilidade paralela de campanha e/ou comprovação de pagamentos via recursos não contabilizados.
 
Wellington considerou o conteúdo da gravação como grave, exigindo atenção especial das autoridades. O republicano solicita que seja apurada a veracidade do vídeo para que o processo eleitoral no Estado transcorra de maneira equilibrada e justa. “Como todos puderam notar, a gravação foi feita pelo próprio coordenador da campanha de Mauro”, disse o republicano.
 
De acordo com Wellington, o vídeo, com candidato recebendo recursos de forma suspeita e em desarmonia com a legislação, contraria os princípios desejados pela sociedade. “A vida pública nos traz a exigência de um comportamento exemplar e da mais absoluta transparência”, acrescentou.
 
Para a assessoria jurídica do PSDB, a gravação dá claros indícios de que a campanha de Mendes está usando recursos não declarados.“Os fatos são suspeitíssimos e merecem a maior atenção e rigor deste órgão de controle. Isto porque, parece tratar-se claramente, no mínimo, do famigerado “caixa dois” de campanha, uma vez que o coordenador financeiro da campanha majoritária estaria repassando maços de dinheiro vivo a um candidato a deputado federal”, diz trecho da petição assinada pelo advogado José Antônio Rosa.
 
Vídeo antigo
 
Logo após o vazamento do vídeo, o deputado federal Valtenir Pereira (MDB) se posicionou sobre a gravação e alegou que as imagens são de 2010 e foram lançadas agora no que classifica como “trucagem criminosa” para prejudicá-lo porque ele lidera as pesquisas de intenção de voto. Valtenir ainda sustenta que a gravação comprova que a chamada grampolândia pantaneira já estava em atividade desde 2010.

Em 2010, Valtenir presidia o PSB e concorria a uma vaga a deputado federal. Naquela ocasião, Mauro Mendes era candidato ao Governo do Estado também pelo PSB e dividia chapa com o hoje governador Pedro Taques, então filiado ao PDT, que se sagrou senador. Os dois partidos integravam o chamado movimento Mato Grosso Muito Mais, que congregava ainda PPS e PV. O deputado federal sustenta que recebeu recursos na ocasião para organizar o movimento suprapartidário.

“A gravação distribuída para atacar a minha honra foi feita em 2010 quando presidia o PSB e estava organizando o Movimento Mato Grosso Muito Mais. A situação da reunião com o empresário Mauro Carvalho, numa edição criminosa e mentirosa, foi tirada de contexto para atingir a minha imagem e a minha honra. Os recursos em questão foram usados legalmente para custear viagens ao interior do estado de Mato Grosso para organizar o Movimento Mato Grosso Muito Mais”, sustenta.
 
Taques contesta
 
A assessoria jurídica de Pedro Taques também rechaça a versão apresentada pelo deputado Valtenir, de que os recursos envolvidos no vídeo foram destinados ao PSB em 2010 para organizar eventos no interior do Estado. “Para isso, basta buscar a prestação de contas do diretório estadual do PSB referente ao exercício financeiro de 2010, e verificar se há doações registradas em nome do empresário Mauro Carvalho, no período mencionado pelo deputado”, sustenta a coligação. 

A chapa de Taques sustenta que mesmo que as imagens se refiram ao ano de 2010 e os recursos não tenham sido declarados na prestação de contas do PSB daquele exercício, ainda persistiria o crime tipificado no art. 350 do Código Eleitoral. “Também não há em se falar em prescrição, pois o delito possui pena máxima de cinco anos, sendo, portanto, o prazo prescricional de 12 anos, nos termos do art. 109 do Código Penal, ainda, que neste caso a configuração do delito teria ocorrido somente em 2011, quando da apresentação da prestação de contas do exercício de 2010”, sustenta.
 
“É possível inferir ainda nas falas que provavelmente o dinheiro (se não aquele, ao menos os futuros) seria destinado a lideranças do interior, pois além de mencionar isto expressamente, o Sr. Mauro Carvalho ainda se refere a aeronave para deslocamento com recursos. Vê-se, portanto, indícios claros de diversos ilícitos eleitorais, que permanecem mesmo que o vídeo não se refira a este pleito, pois poderia configurar, por exemplo, os delitos dos artigos 350 e 299, ambos do Código Penal”, destacou o advogado José Antônio Rosa na petição.

Coordenação de campanha

Apesar de tanto a assessoria de Pedro Taques quanto a de Wellington Fagundes atribuírem a Mauro Carvalho a função de coordenador da campanha de Mauro Mendes, a assessoria de imprensa do democrata sustenta que o empresário é um apoiador do ex-prefeito de Cuiabá. O coordenador geral é o senador Cidinho Santos (PR) e o coordenador financeiro é Francisco Serafim de Barros.
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