Foi com um breve discurso de exaltação à democracia e à soberania popular que o governador Pedro Taques (PSDB) reapareceu nesta terça-feira (9) pela primeira vez após ser derrotado nas urnas no último domingo (7), em primeiro turno para o ex-aliado Mauro Mendes (DEM). “Nós temos um tempo para saber em que erramos, fazermos essa reflexão, e reconhecer que o cidadão não erra, ele sabe o que é melhor pro Estado e ele entendeu que nesse momento o grupo conduzido pelo governador eleito é o melhor para o Estado de Mato Grosso”, lamentou Pedro Taques, que acabou em terceiro lugar na disputa e teve menos votos que o número de abstenções.
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Taques falou com a imprensa logo após se reunir com seu secretariado. Sem abrir espaço para perguntas, o tucano relatou que já conversou com o governador eleito para reconhecer o resultado das urnas. “Nós fizemos uma reunião de todos os secretários e presidentes das autarquias. Inicialmente eu quero dizer a todos que hoje eu liguei para o governador eleito, Mauro Mendes, o parabenizei pela vitória, em reconhecimento da vitória dele em razão da democracia. Eu disse a ele que a nossa transição será feita da melhor maneira possível”, informou Taques.
O governador informou que assinará hoje o decreto da transição. “Disse ao governador eleito Mauro Mendes que aquele que será o coordenador da transição, da nossa parte, é o secretário-chefe da Casa Civil, o Ciro Rodolfo, que aqui está. Disse ao governador eleito, Mauro Mendes, que estou pronto para recebê-lo aqui no Palácio, na hora que ele entender, da melhor maneira possível. Vivemos em uma democracia e é bom que assim seja. Eu, como governador do Estado de Mato Grosso até o dia 31 de dezembro de 2018, disse ao governador eleito que abriremos, como não poderia ser diferente, todas as informações necessárias pra que ele tenha um mandato melhor possível para o povo do Estado de Mato Grosso. A partir de 1 de janeiro do ano que vem eu sou um soldado pra ajudar Mato Grosso a superar suas dificuldades”, discursou.
Taques também aproveitou para dialogar com apoiadores e eleitores e voltou a exaltar o regime democrático. “Eu agradeço e quero dizer a todos aqui: eu sou um democrata, não há nada melhor que a democracia. Existem erros na democracia? Existem falhas na democracia? Existem. Mas isso só pode ser combatido com mais democracia. A eleição é muito boa. Adoro eleição. E eu estou há 25 anos cuidando de problemas dos outros. Quinze anos como procurador da República, dois anos como procurador do Estado, quatro anos como senador da República e até 31 de dezembro, quatro anos como governador do Estado de Mato Grosso. Por 25 anos. E aí eu terei, a partir de 1 de janeiro do ano que vem, condições de cuidar só de mim e da minha família”, encerrou.