Olhar Direto

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Política MT

crise na saúde

Lúdio Cabral cobra respaldo do Estado para possível intervenção na Santa Casa

25 Mar 2019 - 10:31

Da Redação - Isabela Mercuri/ Da Reportagem Local - Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Lúdio Cabral cobra respaldo do Estado para possível intervenção na Santa Casa
Uma audiência pública discute, na manhã desta segunda-feira (25), um possível modelo de intervenção na Santa Casa de Misericórdia. O evento é realizado na Assembleia Legislativa e conta com a presença dos profissionais da unidade filantrópica. Para o deputado Lúdio Cabral (PT), que provocu a discussão, é essencial que o Estado dê o ‘respaldo’ e se abra para a responsabilidade. A reivindicação do parlamentar ocorre em meio ao desgaste na relação entre o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o governador Mauro Mendes (DEM).


Leia também:
“É como dar dinheiro a drogado”, compara Selma ao defender intervenção na Santa Casa

O deputado afirmou que esteve com o prefeito Emanuel Pinheiro na última sexta-feira (22) e que ele estava muito preocupado com a situação. “Só que ao mesmo tempo ele não vai fazer uma intervenção só para dar uma reposta política imediata sem ter respaldo. Precisa de respaldo do Estado, o Estado precisa participar disso, o governador tem que se abrir para essa responsabilidade. Porque a Santa Casa é de Cuiabá, mas Cuiabá é a capital do Estado e atende a população do Estado todo. É preciso que uma equipe técnica elabore com cuidado um plano pra gestão da crise, pra que aí sim o ministério da Saúde faça intervenção”, disse o deputado.

A crise na relação entre Mauro Mendes e Emanuel Pinheiro movimentou a mídia e se agravou nos últimos dias, quando o prefeito de Cuiabá disparou que a Santa Casa não precisou fechar suas portas durante o Governo Pedro Taques (PSDB). O emedebista chegou a pedir ao democrata para que ele tirasse o “veneno”, o que incomodou ainda mais o governador, que cobrou explicações.

“Primeiro que se tem veneno, não está dentro de mim. Eu tenho muitas ocupações, muitas atribuições. E nunca demonstrei nenhuma atitude que pudesse demandar esse tipo de comportamento. Então se há veneno, ele que se explique”, rebateu Mauro Mendes.

A declaração de Emanuel foi dada no dia 15 de março, durante coletiva de imprensa sobre a crise da Santa Casa de Misericórdia. Dias antes, em entrevista ao Olhar Direto, Mendes havia dito que era de responsabilidade do Executivo municipal encontrar solução para o problema e afirmou que a situação está intolerável.

Na semana passada, Pinheiro esteve em Brasília em reuniões com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mas nenhuma solução para a retomada dos serviços da Santa Casa, paralidos desde o dia 11 de março, foi anunciada até o momento.

Segundo Lúdio, ainda não há confirmação de envio de nenhuma quantidade de recursos pelo Ministério da Saúde. “O que há pelo lado do Ministério da Saúde é a disposição pra ajudar a resolver o problema e alocar o volume de recursos necessários. Se é R$ 50 milhões, se é R$ 60 milhões, o que for necessário. Agora, o que ele quer é um plano de gestão de crise e uma tomada de funcionamento, porque se não todo recurso que vier não irá produzir resultado”.

Caso a intervenção ocorra, para o deputado, é necessário que ela seja “pactuada, bem negociada, inclusive com a própria administração da Santa Casa que hoje precisa transferir a gestão com tranquilidade, sem judicialização, pra que a população tenha a Santa Casa de volta”.

Para o deputado, o problema é crônico. “Há um déficit de financiamento dos hospitais filantrópicos no nosso estado. O Estado adotou há sete, oito anos, um modelo de gestão que é o modelo de contratação das OSs pra gerenciar hospitais regionais. Há um custo muito alto e, gradativamente, os recursos deixaram de ser alocados, o volume necessário em hospitais que já funcionam, Hospital Santa Helena, Hospital Universitário, a própria Santa Casa, ela foi trabalhando com um déficit ao longo do tempo e depois houve um descontrole - pelo menos é o que aparenta - na gestão cotidiana que gerou esse volume de dívidas que ela tem hoje, que passa dos R$ 80 milhões. Então, o problema aqui é crônico de déficit de financiamento ao longo dos últimos oito, dez anos, e um problema mais recente que é um problema de administração mesmo da unidade, que levou a essa situação de seis meses de atraso de salário, de um ano sem pagar o corpo clínico, e que resultou no fechamento das portas”, lamentou.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet