Vice-líder do governo Mauro Mendes (DEM) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Romoaldo Júnior (MDB) defendeu o prolongamento da dívida do Estado por mais 20 anos e comparou a situação com a iniciativa privada. De acordo com ele, qualquer empresário faria o mesmo se estivesse em situação semelhante à do governador diante da máquina pública.

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Romoaldo também foi líder do governo na Assembleia durante a gestão Silval Barbosa, quando a dívida pública do Estado foi ‘dolarizada’. De acordo com ele, a operação na época foi bem intencionada e buscava alívio para parcelas herdadas há muitas gestões.
 
“Esse empréstimo não é do governador Mauro Mendes. Essa dívida de Mato Grosso é resíduo que vem de governos anteriores: [Carlos] Bezerra, Júlio Campos, Jayme Campos, Blairo Maggi e Dante de Oliveira. No governo Silval essa dívida foi renegociada em dólar e a intenção na época era boa, era reduzir custo, só que foi renegociada com dólar a dois reais e o dólar praticamente dobrou de lá pra cá”, lembrou Romoaldo.
 
“O atual governo assumiu e diante da incapacidade de se pagar essa dívida, como qualquer empresário do Brasil que assume uma empresa com dificuldade, o que ele tem que fazer? Alongar a dívida e o governo está fazendo isso, o governador não está pegando dinheiro e deixando para os outros governadores pagarem, ele está herdando uma dívida de Mato Grosso de muitos anos por incapacidade financeira do Estado e alongando”.
 
O emedebista também fez questão de esclarecer a diferença entre o valor da dívida com o Bank of Amarica que o governo quer quitar e a quantia descrita na mensagem que pede autorização para emprestar recursos com o Banco Mundial.
 
“Aqui está muito clara a lei dizendo que é até 332 milhões de dólares, mas que o governo Vai tomar 250 milhões”, garantiu. Ele afirma que foi na gestão Pedro Taques que a negociação com o Banco Mundial se iniciou e na época o Estado devia mais ao Bank of America.
 
“O governador está tomando essa medida no início do mandato, dando sequência ao governador Pedro Taques, que solicitou ao Tesouro Nacional e está 332 milhões porque é o valor que estava meses atrás quando o governo fez essa proposta”.
 
No apelo que fez pela aprovação do empréstimo, Romoaldo afirmou que os deputados cobram pagamento de RGA e melhorias na saúde e educação no Estado, mas que para isso precisam ajudar a administração pública a reequilibrar as finanças.
 
“Vamos pagar 14 milhões de dólares [de multa com o Bank of America por antecipar a quitação]? Vamos sim, mas vamos economizar 26 de juros pela frente. Quem é que não pega um empréstimo a juro menor. Hoje se paga 5%, vai pagar 3,5%”.