O governador Mauro Mendes (DEM) não quer alongar o debate com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sobre o cancelamento do Festival 300, circuito de show que seria realizado na Arena Pantanal para comemorar o tricentenário da capital. “Essa questão foi técnica, não adianta o perfeito querer polemizar, falar aquilo que não é verdade”, comentou o democrata, em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (1).

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A Federação Mato-grossense de Futebol e o Ministério Público Estadual manifestaram-se pela não realização do evento na arena para não trazer prejuízos ao gramado. O Governo do Estado se posicionou da mesma forma e a Prefeitura de Cuiabá cancelou o festival por alegar que aquele era o único local capaz de receber o evento da maneira como ele havia sido planejado.
 
“Nós temos um campeonato estadual em curso, o Cuiabá vai pela primeira vez participar da série B. Eu disse que podia usar a Arena, nunca proibi e não é proibido. O que eu disse em alto e bom tom aos secretários, aos representantes que cuidavam disso, [é que] nós temos que ter a garantia, e eles nunca deram essa garantia, que não ia estragar o gramado”, explicou o governador.
 
Mendes afirma que a arena de fato é multiuso, mas defende que o gramado seja preservado em eventos de natureza não esportiva. “Essa garantia de preservar o espaço para o futebol que é um palco do futebol e lamentavelmente isso não foi dado, houve uma recomendação por essa mesma percepção do Ministério Público, a federação se posicionou contrário e o governo ao final decidiu. Ai eles não tinham oficializado, não tinham a oficialização dessa data para isso e pelo contrário, a federação tinha essa data oficializada como um dia para uma das semifinais para o campeonato estadual”, completou.
 
O cancelamento do festival provocou da parte do prefeito críticas ao Governo do Estado. Mauro Mendes, por sua vez, não se mostrou preocupado com o esgarçamento da relação entre os dois. “Do meu lado, eu tenho um estado para cuidar”, respondeu. “Eu estou preocupado e muito com a cidade de Cuiabá, com os problemas que tem aqui, como eu estou preocupado com os problemas de Várzea Grande e dos 141 municípios do Estado de Mato Grosso. Então eu tenho procurado fazer uma gestão como eu sempre fiz: técnica, focada em resultado e sem muita conversa fiada”.