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Sábado, 20 de abril de 2024

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Arcará com custos

Polícia abre inquérito e adolescente que ameaçou atentado em escola será responsabilizado criminalmente

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto/Reprodução

Polícia abre inquérito e adolescente que ameaçou atentado em escola será responsabilizado criminalmente
O adolescente de 15 anos, que divulgou vídeos na internet onde supostamente ameaçava cometer um atentado no Colégio Coração de Jesus, em Cuiabá, será responsabilizado criminalmente pela ameaça. Segundo a Polícia Civil, um inquérito já foi aberto e os responsáveis deverão arcar com os custos gerados pela mobilização das forças de segurança. O menor, o pai e a mãe serão ouvidos na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA).


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Na noite de domingo (15), as forças de segurança foram acionadas após imagens  serem espalhadas em grupos de Whatsapp, sobre um adolescente de 15 anos que postou em seu instagram fotos segurando uma arma de fogo (modelo airsoft), com legenda que insinuava como alvo um colégio particular. O fato levou vários alunos e pais do colégio tradicional a acreditarem em um possível atentado.
 
Um procedimento foi instaurado na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), para apurar o ato infracional cometido pelo adolescente, análogo ao crime de ameaça. O menor, o pai e a mãe serão ouvidos na unidade policial. O adolescente será responsabilizado pelo ato infracional.
 
“A população, ao tomar conhecimento desses tipos de fatos, precisa procurar antes de tudo à Polícia. Todas as denúncias estão sendo checadas e monitoradas pela Polícia Civil, através da Delegacia do Adolescente, junto com a Diretoria de Inteligência, com objetivo de evitar atos trágicos”, destacou a delegada titular da DEA, Anaíde Barros.
 
Em nota, a Polícia Civil afirmou que adotará medidas enérgicas em casos de ameaças em redes sociais a escolas no Estado de Mato Grosso. Todo infrator ou infratores e seus pais serão responsabilizados criminalmente pelas disseminações das promessas de ataques nas unidades de ensino, em qualquer município do Estado.
 
Também haverá cobrança de valores financeiros dos prejuízos gerados pela mobilização das forças de segurança, para apuração de fatos até então, todos averiguados como inverídicos, tratados pelos envolvidos como “brincadeira de mau gosto”. No entanto, na Segurança Pública são vistos com atos de ameaças e de apologia ao crime, passíveis de responsabilização criminal.
 
O diretor metropolitano da PJC, Douglas Turíbio, reforçou as providências no âmbito da Delegacia e outras medidas que serão tomadas em nível da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). “No sentido de levantarmos as despesas para ressarcimento do Estado”, disse o diretor.
 
Os monitoramentos são realizados constantemente pela Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat) e  a Gerência de Operações de Inteligência (GIP), ambas ligadas à Diretoria de Inteligência, visando à identificação dos membros dos grupos em que se notícia promessas de ataque em escola. O trabalho conta com apoio das delegacias de polícia dos locais com denúncias.
 
As notícias de atentados em escolas tomaram proporção, após a tragédia da escola Raul Brasil, em Suzano (SP),  em 13 de março de 2019. Em Mato Grosso, jovens encorajados pelas redes sociais passaram a espalhar mensagens de violência (áudios e texto) e ainda postagens com armas de fogo, mesmo que supostamente sem poder letal ou de brinquedos.

O caso

Um adolescente de 15 anos divulgou vídeos na internet onde supostamente ameaçava cometer um atentado em um colégio particular de Cuiabá. Nos vídeos e fotos, o garoto aparece com o que aparenta ser uma arma de fogo e com diversos equipamentos. Familiares de alunos ficaram desesperados com a situação e começaram a compartilhar as imagens como forma de aviso. O pai do menino já se retratou e afirmou que tudo não passou de uma “brincadeira de mau gosto”. A Polícia Civil deve ouvir o menor ainda nesta segunda-feira (15).

Nas imagens, o adolescente aparece ostentando o que seriam armas de fogo e também vestindo uma roupa tática. Em seu perfil, ele se apresenta como colecionador de facas e jogador de paintball amador.



 
Após ver a repercussão do caso, o pai do garoto postou um vídeo na internet, onde pontua que tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto e que as armas seriam de paintball. “Também fiquei preocupado com estas postagens, mas quero tranquilizá-los. Trata-se de um menino muito bom. Ele errou, já chamamos a atenção dele”.
 
“Ele resolveu fazer uma brincadeira de mau gosto. Ele vai se retratar com todos vocês. É uma pessoa de bem, foi criado às duras lutas que temos todos os dias para pagar uma escola para ele. Fiquem tranquilos. Isto é apenas uma brincadeira de mau gosto, extremo mau gosto”, acrescentou.
 
No fim do vídeo, o aluno da escola se retrata sobre o caso. “Todas as postagens que fiz, eram relacionadas ao paintball, sou jogador. Não quis ofender ninguém ou fazer uma ameaça de massacre na escola. Queria pedir desculpas”.
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