Olhar Direto

Sábado, 20 de abril de 2024

Notícias | Política MT

Outro modal

Governador cita subsídio de R$ 80 milhões, falta de passageiros e praticamente descarta VLT

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Governador cita subsídio de R$ 80 milhões, falta de passageiros e praticamente descarta VLT
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou, em entrevista à TV Vila Real, na última segunda-feira (15), que será muito difícil que as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tenham uma continuidade. O chefe do Executivo citou que o Estado teria que desembolsar algo em torno de R$ 80 milhões para subsidiar a passagem. Além disto, comparou o modal com o do Rio de Janeiro, onde a prefeitura está tendo prejuízo e o meio de transporte não tem um número suficiente de passageiros.


Leia mais:
Governo ‘provoca’ interessados e recebe proposta de empresa da Espanha para tocar VLT
 
“Pedimos um prazo de até um ano para estudarmos com profundidade este assunto, já que não é uma solução simples. Precisamos de quase R$ 1 bilhão para terminar esta obra. Temos quase 500 paralisadas em todo Estado por falta de pagamento. São de rodovias, escolas, hospitais. Adotamos algumas prioridades”, disse o governador.
 
Mauro Mendes ainda lembrou que existe um imbróglio jurídico que cerca as obras do VLT. Ao todo, são três ações que tramitam na Justiça. Por conta disto, ele confirmou que uma das alternativas que está sendo estudada neste momento é converter para outro modal, sendo uma solução mais barata na implantação e operação.
 
“Nos estudos preliminares que vi, para manter a tarifa atual do ônibus no VLT, o Estado teria que desembolsar de R$ 60 milhões a R$ 80 milhões por ano como subsídio. Temos visto no Rio de Janeiro (RJ), que colocou o VLT, está correndo o risco de parar, porque a prefeitura não está aguentando subsidiar e está faltando passageiro, imagina em Cuiabá”, pontuou o governador.
 
O democrata ainda lembra que o Estado não tem dinheiro para pagar fornecedores de remédios e manutenção em escolas. “Como eu vou dizer que tem dinheiro para inventar uma despesa nova? O governo de Mato Grosso tem que olhar para todas as cidades, não só Cuiabá e Várzea Grande. Estamos estudando para que possamos trazer à mesa, para o debate público com os Poderes, um debate para a decisão que será tomada pelo governo”.

VLT

Iniciada em junho de 2012, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa, a construção do modal está paralisada desde dezembro de 2014, quando na época havia apenas a suspeita de irregularidades. Até aquele momento, o Governo já tinha investido R$ 1,066 bilhão.

A confirmação de que houve corrupção em todo o processo da obra veio com os depoimentos da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa e com a operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal em agosto de 2017.

De acordo com o ex-chefe do Executivo, seu grupo político fez um acordo para receber R$ 18 milhões de propina do grupo CR Almeida, que integrava o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande.

Programado para substituir a proposta do infinitamente mais barato Bus Rapid Transit (BRT), o VLT foi apresentado por Barbosa e por vários deputados da época como "um avanço" para o Estado.

Para a sua construção, o Governo firmou contrato com o Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande (CR Almeida, Santa Barbara, Magna e CAF) no valor de R$ 1,4 bilhão com um prazo de execução da obra em dois anos, para estar pronto durante a Copa do Mundo de 2014.

A obra, paralisada desde 2014, não avançou nenhum centímetro durante o Governo de Pedro Taques (PSDB).

Interessados

O Governo de Mato Grosso ‘provocou’ os interessados em dar seguimento nas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e se disse aberto a encontrar um parceiro na iniciativa privada que contemple três pontos: meios para concluir a obra, operação do sistema e vantajosidade da tarifa. A espanhola Acciona Construcción S.A já encaminhou uma proposta de estudo para ser analisada.

No início de fevereiro, o Estado recebeu, via MT PAR MIP, a primeira proposta de estudos do VLT da empresa internacional Acciona Construcción S.A, com sede em São Paulo. A propositura está sendo avaliada pela equipe técnica do Governo quanto à aceitabilidade.
 
Para o secretário de Infraestrutura do Estado, Marcelo de Oliveira, essa é a melhor opção ao Estado nesse momento. “Nós não estamos fechados com ninguém e sim abertos àquele que apresentar a melhor proposta”.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet