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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Garis denunciam jornadas excessivas, falta de equipamentos e suposta contaminação por chorume em Cuiabá

Foto: Reprodução

Garis denunciam jornadas excessivas, falta de equipamentos e suposta contaminação por chorume em Cuiabá
Dois garis denunciaram, na última quinta-feira (18), péssimas condições de trabalho que estariam sendo submetidos pela empresa Locar, durante sessão ordinária na Câmara Municipal. A Locar, que mantem contrato com a Prefeitura de Cuiabá, é a empresa responsável pela coleta de lixo na Capital.

 
Os trabalhadores Wenderson Alves e Luis Bandeira denunciaram jornadas excessivas sem pagamento de horas extras, falta de equipamentos de segurança, contaminação por chorume e trabalho em caminhões velhos, que falta manutenção nos freios e sem sinalização, que estão colocando em risco a vida dos garis.

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"Tem equipe trabalhando 14 horas por dia sem o pagamento de horas extras. Além da precariedade para realizarmos o trabalho, ainda tem assédio moral por parte da empresa, com ameaça de demissão do gari que não se submeter à extenuante jornada de trabalho. O pátio da empresa Locar está totalmente insalubre, pois não é cimentado e, com as chuvas, fica cheio de lama misturada com chorume, causando doenças em vários garis. Nós temos os laudos que comprovam isso e alguma coisa precisa ser feita", disse Wenderson Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana (Sindilurbe).

Chorume é um caldo escuro e ácido, de cheiro típico e desagradável, proveniente da decomposição da matéria orgânica depositada nos grandes lixões e nos aterros sanitários.

Já o gari Luís Bandeira relatou que as condições enfrentadas pela categoria são análogas ao trabalho escravo. Segundo ele, a Locar já foi denunciada junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A empresa assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a regularizar os problemas existentes, mas, conforme o relato do gari, nada mudou.
 
"Essa empresa já tem histórico de maltratar os trabalhadores, principalmente no Nordeste, onde fica a sua sede. Agora vem para Cuiabá maltratar também nossos irmãos garis que estão sofrendo no trabalho da coleta de lixo. Eu sou gari há 12 anos e nunca passei por uma situação dessas antes. Eu amo meu trabalho, mas o que essa empresa está fazendo conosco é um absurdo, é trabalho escravo, pois é desumano. Não temos as mínimas condições de trabalho e ainda somos obrigados a trabalhar em caminhões velhos que estão colocando em risco as nossas vidas", protestou Luis.

O vereador Dilemário Alencar (Pros) informou que vai denunciar essa situação à Delegacia Regional do Trabalho e ao secretário de Serviços Urbanos, José Roberto Stopa. Ele afirma que essa empresa precisa ser fiscalizada para parar com esses abusos com os garis e melhorar a coleta de lixo em Cuiabá, visto que recentemente a prefeitura renovou o contrato de coleta de lixo com a Locar, passando de R$ 20 milhões para R$ 39 milhões.
 
"É desumano mesmo o que vem ocorrendo com os garis, que prestam um serviço essencial à nossa cidade. Essa empresa também não começou a cumprir o contrato milionário assinado com a prefeitura, que prevê até o final de abril a colocação de novos caminhões, coleta fluvial do rio Cuiabá e a instalação de dezenas de contêineres. O contrato é de quase R$ 40 milhões ao ano, mas o que vemos até agora é desrespeito com os garis e a piora na coleta de lixo em nossa cidade", disse o vereador. 

(As informações são da assessoria de imprensa)
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