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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Água limpa

Vista como "radical", concretagem de tubulação estimulou fim do esgoto em lagoa

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Vista como
A atitude de concretar as tubulações que levavam esgoto para o Parque das Águas, considerada como radical à época, estimulou o fim do lançamento de dejetos na lagoa. A obra de adequação no sistema de captação no Centro Político Administrativo foi concluída na última quarta-feira (24). Segundo laudo emitido pela concessionária Águas Cuiabá, a Lagoa Paiaguás não recebe mais o lançamento de dejetos.


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O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) considera que a obra realizada na região é resultado de um forte trabalho do município. O objetivo era assegurar a completa preservação de um dos principais patrimônios ambientais da cidade. Além de várias tratativas com as entidades diretamente envolvidas, a atuação da Prefeitura também ficou marcada pela adoção de todas as providências possíveis, para garantir que o problema fosse visto como prioridade e solucionado.
 
Uma dessas medidas foi a concretagem total das tubulações que levavam o esgoto para o Parque. Vista por muitos como uma atitude radical, ela foi considerada um divisor de águas para uma situação que perdurava há anos. “Acredito que essa conduta serviu para trazer a público aquilo que estava acontecendo, estimular a população a também cobrar uma solução e incentivar os envolvidos a assumirem suas responsabilidades”, comenta o prefeito.
 
A fala do prefeito é feita com base no fato de que, apenas após o fechamento das manilhas, foi possível formular um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que resultou na realização da obra. “Procuramos o promotor Gerson Barbosa e pedimos o apoio do Ministério Público do Estado nessa causa. Tivemos uma resposta imediata do MPE que, na oportunidade, entendeu o propósito da concretagem e foi um grande parceiro para chegarmos a um desfecho positivo”, explica o secretário municipal de Serviços Urbanos, José Roberto Stopa.
 
Conforme o promotor da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística e do Patrimônio Cultural, Gerson Barbosa, o TAC firmado com o Município, Estado, e a Águas Cuiabá era bastante abrangente e contemplava toda a região no entorno do parque. “Infelizmente não foi cumprido a tempo. Mas, o secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Basílio dos Santos, nos procurou e garantiu a execução da obra em 60 dias. Não foi preciso decorrer todo o prazo e o problema finalmente foi resolvido”, afirmou. 
 
O parque
 
Em homenagem a Júlio Domingos Campos, o Parque das Águas foi batizado de “Seo Fiote”. O espaço possui uma extensão total de 270 mil metros quadrados, com 1.500 metros de pista de caminhada e 1.600 metros de ciclofaixa. Além disso, o local abriga áreas destinadas para bares e restaurante, academia ao ar livre, quadra de areia e dois amplos estacionamentos que, juntos, chegam a aproximadamente mil vagas.
 
Como atrativos, o parque possui ainda uma fonte luminosa, que lança jatos de água de até 70 metros de altura – todos iluminados e “dançando” conforme o ritmo das canções tocadas, um túnel de água de 14 metros de extensão e o Splash Zone, onde crianças, adolescentes e até adultos se divertem com os jatos de água coloridos que “brotam” do chão. Todos esses equipamentos recebem manutenção diária de uma equipe fixa de técnicos existente no espaço de lazer.

Imbróglio
 
Em abril do ano passado, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos havia realizado a concretagem da saída do esgoto que caía na lagoa do Parque das Águas. A Prefeitura já havia pedido intervenção do Ministério Público Estadual em decorrência desta situação. Dois dias após a concretagem o Governo do Estado firmou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Estadual, Prefeitura de Cuiabá e a concessionária Águas Cuiabá, para solucionar o problema.
 
Foi feita uma ligação provisória do esgoto pela Águas Cuiabá e o Governo do Estado ficou com um prazo de 180 dias para construir um ramal de esgoto até um local próximo à rede coletora da concessionária.
 
No ano retrasado, o excesso de dejetos sem tratamento reduziu drasticamente o nível de oxigênio na água da lagoa, resultando na morte de várias espécies de peixes e redução do pássaros que frequentavam as imediações.
 
A primeira leva de mortandade de pescado ocorreu em meados de 2016 e voltou acontecer em maio de 2017. Além da morte dos peixes, em determinados horários, o odor se torna insuportável, principalmente para quem está no Residencial Paiaguás e na sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Mato Grosso.
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