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Secretário aguarda fim de judicialização para “tomar atitudes” em relação ao VLT

07 Mai 2019 - 11:00

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorilêo

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Secretário aguarda fim de judicialização para “tomar atitudes” em relação ao VLT
O secretário de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo Padeiro, disse em entrevista ao Olhar Direto que aguarda apenas o fim da judicialização para ‘tomar atitudes’ em relação às obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Recentemente, o governador Mauro Mendes (DEM) praticamente descartou a continuidade do projeto, ao citar subsídio de R$ 80 milhões e falta de passageiros para manter o modal.


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“Estamos aguardando, é um processo judicializado. O governo entrou com processo de rompimento de contrato. Esperamos somente a decisão do Tribunal de Justiça. Pediram vistas do processo. Tão logo termine, o que irá concluir a judicialização, teremos que tomar algumas atitudes”, explicou o secretário ao Olhar Direto.
 
Questionado se ainda há empresas interessadas, o secretário preferiu não responder e novamente pontuou: “Não podemos tomar nenhuma atitude enquanto não tivermos o fim do processo judiciário”.
 
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou, em abril, que será muito difícil que as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) tenham continuidade. O chefe do Executivo citou que o Estado teria que desembolsar algo em torno de R$ 80 milhões para subsidiar a passagem. Além disto, comparou o modal com o do Rio de Janeiro, onde a prefeitura está tendo prejuízo e o meio de transporte não tem um número suficiente de passageiros.
 
“Pedimos um prazo de até um ano para estudarmos com profundidade este assunto, já que não é uma solução simples. Precisamos de quase R$ 1 bilhão para terminar esta obra. Temos quase 500 paralisadas em todo Estado por falta de pagamento. São de rodovias, escolas, hospitais. Adotamos algumas prioridades”, disse o governador.
 
Mauro Mendes ainda lembrou que existe um imbróglio jurídico que cerca as obras do VLT. Ao todo, são três ações que tramitam na Justiça. Por conta disto, ele confirmou que uma das alternativas que está sendo estudada neste momento é converter para outro modal, sendo uma solução mais barata na implantação e operação.
 
Sob vistas
 
O desembargador Márcio Vidal, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), pediu vista nesta quinta-feira (2) e adiou conclusão do julgamento que questiona o rompimento unilateral, por parte do governo estadual, do contrato com o consórcio VLT.
 
A rescisão foi comunicada em 2017 pelo então governador, Pedro Taques (PSDB), após a Operação Descarrilho, com base na delação premiada do também ex-governador, Silval Barbosa. Esquema de corrupção foi revelado. Não há data definida para retomada do julgamento.
 
VLT
 
Iniciada em junho de 2012, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa, a construção do modal está paralisada desde dezembro de 2014, quando na época havia apenas a suspeita de irregularidades. Até aquele momento, o Governo já tinha investido R$ 1,066 bilhão.
 
A confirmação de que houve corrupção em todo o processo da obra veio com os depoimentos da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa e com a operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal em agosto de 2017.
 
De acordo com o ex-chefe do Executivo, seu grupo político fez um acordo para receber R$ 18 milhões de propina do grupo CR Almeida, que integrava o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande.
 
Programado para substituir a proposta do infinitamente mais barato Bus Rapid Transit (BRT), o VLT foi apresentado por Barbosa e por vários deputados da época como "um avanço" para o Estado.
 
Para a sua construção, o Governo firmou contrato com o Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande (CR Almeida, Santa Barbara, Magna e CAF) no valor de R$ 1,4 bilhão com um prazo de execução da obra em dois anos, para estar pronto durante a Copa do Mundo de 2014.
 
A obra, paralisada desde 2014, não avançou nenhum centímetro durante o Governo de Pedro Taques (PSDB).
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