Olhar Direto

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Cidades

Mato Grosso

Capangas do 'jogo do bicho' metralham casa e carro para aterrorizar concorrentes e desertor

Foto: Reprodução/Ilustração

Imagem ilustrativa

Imagem ilustrativa

Os dois grupos criminosos responsáveis por comandar o ‘jogo do bicho’ em Mato Grosso e alvos da ‘Operação Mantus’, deflagrada nesta quarta-feira (25), enviaram capangas para aterrorizar concorrentes e um desertor. A informação foi divulgada pelo delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz), responsável pelo caso. Entre os presos desta ação está o ex-comendador João Arcanjo Ribeiro.


Leia mais:
Capangas de Arcanjo sequestraram e extorquiram para evitar concorrência em MT
 
Segundo as investigações, as duas empresas responsáveis por controlar o ‘jogo do bicho’ em Mato Grosso eram a Colibri (de João Arcanjo) e ‘FMC Elo’ (de Frederico Muller Coutinho). Quando uma terceira banca tentou entrar no Estado, recebeu disparos de aviso de uma das organizações.
 
“Nós até começamos a investiga-los, mas não houve avanço. Isso porque, depois ficou-se sabendo, que houve tiros na residência de um dos homens que estava tentando trazer esta terceira banca para cá. Provavelmente isto foi feito por um dos grupos criminosos, para evitar a concorrência”, disse o delegado.
 
Outra situação explanada pelo delegado é referente a um atentado contra um homem que tentou sair do grupo criminoso. “O suspeito teria saído da organização e, logo depois, foram feitos disparos de arma de fogo no carro dele, que era integrante da FMC. Isto aconteceu em fevereiro deste ano. Já temos a informação de quem foi que efetuou os tiros e vamos continuar investigando esta tentativa de homicídio”.
 
As investigações também apontaram que João Arcanjo Ribeiro tem a fidelidade de pessoas que trabalham com ele há bastante tempo. Um dos homens, identificado como Noroel Braz da Costa Filho, seria o ‘braço armado’ do ex-comendador e que estaria com ele há 30 anos.
 
Sequestro
 
O delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz), explicou durante entrevista coletiva, nesta quarta-feira (29), que os capangas do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro, preso na ‘Operação Mantus’, sequestraram e extorquiram um concorrente que tentou fazer o mesmo ‘serviço’ em Juara (695 quilômetros de Cuiabá).
 
“Ia se implantar a concorrência em Juara. Porém, dois homens, do pessoal do Arcanjo, foram até o hotel e sequestraram a vítima (Fábio Plitz), que trabalhava para a FMC Elo, que é a empresa do Frederico Muller Coutinho. Utilizaram o mesmo modus operandi de antigamente. Disseram que eram policiais, jogaram-no no chão e depois levaram para o mato”, disse o delegado.
 
Depois, os capangas de João Arcanjo Ribeiro teriam exigido que a vítima apresentasse as maquininhas utilizadas no jogo do bicho, funcionando como um tipo de pagamento de resgaste. “Obrigaram que ele não voltasse mais para a cidade e que não implantasse a concorrência. Este rapaz era de Rondônia, foi ouvido e reconheceu um dos líderes do Arcanjo”, pontuou o delegado.
 
Por conta dos fatos, o delegado também afirma acreditar que a denúncia feita por um bicheiro, que teria sido agredido pela equipe de Arcanjo, seja verdadeira. “Ficou demonstrado que aquilo era verdade”.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet