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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Base de Bolsonaro compõe com PSDB e MDB pela aprovação da Reforma da Previdência, diz Barbudo

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Base de Bolsonaro compõe com PSDB e MDB pela aprovação da Reforma da Previdência, diz Barbudo
No esporte é comum dizer que treino é treino e jogo é jogo. Na política, esse princípio também costuma se aplicar. No ano passado, durante o processo de composição de alianças para as eleições, o PSL em Mato Grosso foi taxativo ao negar compor partidos como MDB e PSDB. Com relação a este último, inclusive, cabe lembrar o rompimento entre a senadora Selma Arruda (PSL) e o ex-governador Pedro Taques (PSDB) em meio à campanha. Mas, iniciados os mandatos, estes cenários começam a se modificar. E diante da necessidade de aglutinar votos em prol da aprovação da Reforma da Previdência, por exemplo, a base do Governo Bolsonaro fechou questão com as respectivas siglas.


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“Ter o apoio de um partido não significa comungar com a ideologia dele. Quem está no poder é o PSL, são as normas e a ideologia, o projeto é do PSL. O que nós estamos aceitando são os votos do MDB e do PSDB, mas você não vê, por exemplo, o Governo dar a eles a Petrobras, os Correios. Fazer aglutinação partidária para compor a base, onde o Governo precisa de voto, é uma coisa, comungar de ideologia é outra. Todo Governo democrático precisa de vários partidos no sistema político brasileiro que é o presidencialismo”, esclareceu o deputado federal Nelson Barbudo, presidente do PSL de Mato Grosso.

É importante dizer que, por enquanto, as discussões em torno dos projetos do Governo estão no bojo da Câmara dos Deputados e, ao chegar ao Senado, as alianças podem mudar novamente. No início deste ano, por exemplo, a senadora do PSL de Mato Grosso, Selma Arruda, teve papel importante no que ela classificou como a “derrubada” do MDB da presidência da Casa.

A expectativa da base de Bolsonaro na Câmara é enviar a Reforma aprovada ao Senado em no máximo 60 dias. Olhar Direto conversou esta semana, com exclusividade, com o deputado Nelson Barbudo sobre os bastidores da tramitação desta matéria, atritos com os partidos do Centrão e com o MBL, entre outros temas.

Confira a íntegra da entrevista:

OD – A gente tem visto bastante ‘batida de cabeça’ entre as lideranças do PSL e o Centrão, que vale ressaltar reúne maioria dos votos atualmente na Câmara. Como os senhores estão lidando com esses atritos e para que isso não prejudique a aprovação da Reforma da Previdência?

Barbudo - No começo eu até que estava um tanto quanto preocupado, porque estava realmente havendo divergências entre os partidos ditos do Centrão. Oposição é oposição mesmo, ela grita naturalmente. Mas a gente tava tentando formar a base aliada, parece que não tava dando entendimento. E nosso Governo foi acusado de não ter habilidade para conduzir - você deve ter lido e ouvido muita coisa sobre o Bolsonaro não ter habilidade – mas é um engano profundo dos analistas políticos da grande mídia. O que aconteceu não foi falta de habilidade, o que aconteceu foi que o Bolsonaro tem uma postura diferente do que vinha acontecendo em anos anteriores. Para que a grande mídia conclua que o Bolsonaro é habilidoso bastava ele distribuir os ministérios e encher os cofres da grande mídia com milhões ou bilhões nesses quatro anos. Aí o Bolsonaro ia ser taxado de habilidoso. Essa turbulência que foi atribuída ao Jair Bolsonaro nada mais é do que o sistema que nós do PSL apoiamos, no sentido de que os toma lá da cá dos ministérios e o dinheiro do suor dos brasileiros não seria mais distribuído a bel prazer de partidos que eram acostumados a ser puxadinho dos governos anteriores. Esse tempo ficou para trás. A Câmara e o Senado também entenderam. O Rodrigo Maia, o Alcolumbre, eles também não estão mais pautados nessa vontade política de atuar como antigamente. Agora nós vemos uma calmaria de uns 20 dias para cá, onde eu classifico que as coisas vão acontecer conforme a vontade do Bolsonaro e a vontade popular. Se eu fosse dar uma nota hoje, de zero a dez, eu diria que 8 já está pacificado. A base aliada, por exemplo, o PSDB já declarou que vai votar a favor da reforma, o MDB está se declarando. Enfim, acho que daqui para frente está bem fácil conduzir a Reforma da Previdência, o pacote anti-crime do Moro e a Reforma Tributária que nós queremos colocar também.

OD – Então, quer dizer que PSDB e MDB agora estão na base? Como explicar isso ao eleitor que, durante a campanha, acompanhou os senhores dizendo que não subiriam no palanque destes partidos?

Barbudo - Basta o eleitor entender que o Parlamento é constituído por vários partidos. Ter o apoio de um partido não significa comungar com a ideologia dele. Quem está no poder é o PSL, são as normas e a ideologia, o projeto é do PSL. O que nós estamos aceitando são os votos do MDB e do PSDB, mas você não vê, por exemplo, o Governo dar a eles a Petrobras, os Correios. Fazer aglutinação partidária para compor a base, onde o Governo precisa de voto, é uma coisa, comungar de ideologia é outra. Todo Governo democrático precisa de vários partidos no sistema político brasileiro que é o presidencialismo.

OD - Nesse sentido, vocês aceitariam compor com o PT?

Barbudo - Não, de maneira nenhuma. Nós não precisamos do PT. Tem partidos sociais, como o PSDB, o MDB, o PSC. Quem manda é o presidente da República, mas eu não admito de maneira nenhum Psol, PcdoB, nem PT. Nós não precisamos e eu, particularmente, não admitiria uma aliança com esses partidos.

OD - As manifestações pró-Governo, que fizeram forte crítica contra políticos do Centrão, tiveram algum impacto nas articulações pelas reformas?

Barbudo - Os políticos antigos, como o Rodrigo Maia, já possuem um certo desgaste perante a sociedade. Eu tenho que confessar que eu, participando e como vice-líder que sou, tenho que dar um testemunho positivo do que eu estou vendo o Maia fazer. Logo após a manifestação reuniram-se o Bolsonaro, o Maia, o Alcolumbre e o presidente do Supremo numa tentativa de se fazer uma aliança e aprovar a Reforma da Previdência. Isso mostrou que a pressão popular teve efeito. Essas criticas pontuais, por exemplo, contra o presidente do Supremo isso é da população. Nós não podemos interferir. Eu, como membro do Legislativo, não posso fazer criticas severas ao Maia porque isso não ajuda a montar base nem a aprovar os projetos do Governo. No começo eu estranhei um pouco e achei ele [Maia] um pouco arredio e favorável a velha política. Mas depois de muita conversa, eu vi que agora ele usa do bom senso. Avalio positivamente o trabalho dele.

OD – Recentemente, durante visita a Cuiabá, a senadora Selma Arruda acusou o Centrão de articular o impeachment de Bolsonaro. O senhor compartilha dessas declarações?

Barbudo - Não. Eu acho que foi a mídia, a internet, a Folha e mais algum jornal. Mas lá dentro, eu, na Câmara, não vi. Só se foi no Senado. Na Câmara nós não detectamos. A não ser o que a imprensa noticiou do MBL com o Kim falando. Eu achei uma falta de maturidade política sem tamanho, porque não há que se falar em impeachment quando o presidente não comete nenhum crime. E até agora o Bolsonaro não cometeu nenhum crime. É muito infantil da parte do MBL comentar isso. Eles fizeram uma confusão medonha.

OD – E como anda atualmente a relação com o MBL? Após toda aquela confusão da época das manifestações, o senhor agora os considera oposição ou base?

Barbudo - Eu acho que o MBL teve um papel importante e decisivo durante as eleições. Estivemos juntos durante a campanha. Mas a imaturidade politica dos meninos levou eles a tomarem atitudes que eles vão refletir no futuro e vão ver que não precisavam ter agido dessa maneira. O Kim é meu amigo particular, eu admiro a inteligência daquele rapaz, aquele menino tem um computador na cabeça. Ele só não tem a experiência que com o tempo ele adquirirá. Mas eu só queria dizer o seguinte, com uma boa conversa... Agora, o pessoal não perdoa. A debandada dos seguidores do MBL foi violenta. Pegou mal e os bolsonaristas têm razão. Foi o Bolsonaro que conclamou a manifestação? Não foi o Bolsonaro. Foi uma manifestação espontânea da sociedade. Então não tem que se falar ‘o Bolsonaro está incitando o povo nas ruas’. Não foi, tanto é que o Bolsonaro não participou e pediu para os ministros não participarem. Deixou o povo à vontade. E o MBL, eu acho que numa atitude premeditada, cometeu um erro, mas é um erro que é passível da gente conversar...

OD - Não há rompimento, então?

Barbudo - Se depender da minha parte como vice-líder, não. Eu volto hoje à tarde pra Brasília, daqui a pouco, e eu tenho um bom relacionamento com o Kim. É um menino ajeitado, inteligente, eu acho que ele quer o bem do Brasil. Só falta moldar ele.

OD - Pra gente encerrar esse assunto, desses ruídos todos, a gente também tem ouvido que dentro do PSL, nacionalmente, está tendo algumas divergências. Vazou áudio do Alexandre Frota fazendo críticas ao Governo... Como o senhor avalia essa situação, num início de Governo? O senhor acha que tem gente de dentro do partido que, assim como falam os filhos do presidente, estão querendo jogar contra, ou torcendo pro quanto pior, melhor?

Barbudo - Não. Uns é falta de experiência por idade, e outros são falta de experiência por tempo político. O Alexandre Frota é um menino bom, eu conheço ele, ele já tem uma idade, não vamos chamar de velho, mas é um menino que tem uma idade pra entender, só que ele não foi vereador, ele não foi deputado estadual, então essas coisinhas que estão acontecendo dentro do PSL, primeiro, foi eleito muitos jovens que nunca participaram de política e já foram direto pra Câmara Federal. E isso daí traz um poder muito rápido pra pessoa. Eu, por exemplo, com toda humildade, já fui vereadorzinho, já fui secretario de Saúde por dois anos e meio no município, eu era líder do meu prefeito. Então eu tenho, com toda modéstia, um pouquinho de habilidade pra poder dialogar, entender. E eles, não é que são pessoas que querem o mal do presidente, e nem o mal do PSL ou do Governo. Tomam certas atitudes muito...

OD - Aí entra aquela falta de habilidade que o senhor estava mencionando?

Barbudo - Isso, a falta habilidade. É muito impensado. Depois, muitos deles até se arrependem. E dentro do PSL o clima não é ruim. Agora, 56 pessoas, é claro que um sempre vai falar, não vai dar certo com o que o outro pensa, isso é normal. Mas na hora de votar nós votamos coeso com o Governo. Eu não sei até agora de quem quer trair ou atrapalhar o Governo dentro do PSL.

OD - O senhor acha que a reforma passa esse semestre ainda?

Barbudo - Eu quero que em menos de 45 dias, vamos dar ai 60 dias, ela não pode chegar até fim de setembro, outubro. Nós precisamos aprovar o mais rápido possível, nem que nós abdiquemos das nossas férias de julho. Nós não podemos, o país está precisando dessa reforma urgente.

OD - Está sendo debatida essa possibilidade de abdicar do recesso?

Barbudo - Está. Já houve essa conversa. Eu vou chegar lá amanhã, quero ver com a liderança se a gente faz, mas o Rodrigo Maia está colocando tudo à disposição para que seja aprovado o mais rápido possível.

OD - Na aprovação da Reforma Administrativa o Governo cedeu em alguns pontos, a exemplo da questão do COAF. Com a Reforma da Previdência pode acontecer a mesma coisa? O Governo pode ceder em alguns pontos para facilitar a aprovação?

Barbudo -
Olha, ceder é normal. E a discussão do projeto, o projeto veio de uma forma, que claro que vai haver alterações, porque os deputados estão lá pra fazer emendas e colocar os pontos que a sociedade exige a mudança. Alguma coisa nós estamos dispostos a ceder. Inclusive, dentro do projeto, o que vem do Governo, ele não vem com 100% de acerto, tem algum ponto que um deputado, vamos supor, que o PSC detecta, do MDB, ‘olha, isso aqui não está legal, nós precisamos fazer uma emenda e mudar o texto’. Agora, nós não podemos ceder a ponto de chegar a ser feito outro projeto. Não. O escopo do projeto tem que ser mantido, o corpo do projeto, e algumas mudanças, isso é normal a gente ceder na hora dos debates e na hora da votação lá dentro do Plenário.

OD – Após a votação da reforma ministerial o senhor deu algumas declarações criticando o posicionamento do senador Jayme Campos. Essa situação está superada? Como anda o relacionamento com ele e com os demais membros da bancada?

Barbudo -
Está superado. Jayme Campos é um grande amigo meu. Aliás, é uma pessoa que eu presto muita atenção, que a experiência política dele é muito grande. Só que tem alguns pontos que ele tem a posição dele, e a gente tem que respeitar, que não é a nossa, então sai a crítica. Mas é uma crítica construtiva, sem jamais ter uma agressão moral contra a capacidade política do Jayme Campos. Agora, quanto à questão da Previdência, só se eu estiver enganado, mas eu acho que, a não ser a deputada Rosa Neide, que por força partidária eu tenho certeza que ela não é favorável à Reforma da Previdência, porque o PT não é favorável. Mas acho que dez votos aqui de Mato Grosso nós temos.

OD – Com relação a outra reforma, a Tributária, quando o assunto começará a ser debatido?

Barbudo -
Nós queremos colocar até antes de aprovar essa [da Previdência], porque está tendo um conflito e o pessoal não quer, mas o certo era já por as duas, só que pode atrapalhar um pouquinho da Previdência, e o pessoal não quer. O investidor quer o que? Pagar menos impostos, ter os investimentos em logística, infraestrutura. Que o dinheiro economizado na Reforma da Previdência vai gerar, ele vai ver que está sendo investido em infraestrutura e logística, a diminuição de impostos. O Brasil tendo a possibilidade de crescimento, o investidor vem pra cá porque ele sabe que aqui é o paraíso, aqui é um oásis, um país que não tem tamanho para investimento de tão grande que é. Portanto, a Reforma Tributária é urgentíssima, logo após a aprovação da reforma da previdência.

OD - Passando essas reformas aí, deputado, vocês estimam que em quanto tempo a gente possa dizer que conquistou um equilíbrio fiscal no país?

Barbudo -
Eu acho que até o final deste ano. Eu não vejo crescimento perto. Eu acho que as reformas passando este ano, o pacote anticrime do Moro, ele também vai mostrar ao mundo que está sendo tratado o dinheiro público com seriedade. Quem roubar vai pra cadeia, quem roubou vai pra cadeia, e quem está pensando em roubar não vão roubar, porque tem seriedade jurídica. Então, nós estamos fazendo um projeto de Governo deixando claro à luz do mundo que o Brasil tem uma nova política em detrimento a governos anteriores que loteavam os ministérios. Enão adianta o pessoal do PT ficar bravo comigo... ‘porque você só critica’... Não, eu não critico, eu pego na internet e clico: quantos ministros da era lulo-petista estão presos ou processados? Dezoito. Agora, era governo ou quadrilha? Me perdoa a dona Rosa Neide pelo seguinte, a disputa entre o Nelson Barbudo e o PT, ou o PSL e o PT, é uma questão lógica e simples. Daqui a algum tempo, se ministros do Bolsonaro começarem a ir pra cadeia e ser processados, eu vou criticá-los também, porque eu não tenho bandido de estimação. Agora, você entra no Google, dezoito ministros, e o que não foi preso está na iminência de ser, o que não está na iminência de ser, é réu. Então tinha uma quadrilha no poder. E o mundo de negócios internacional, a comunidade internacional de investimento, ela acompanha atentamente, e foi tirando capital, e isso deu no que deu: o Brasil um país sem investimento, sem crescimento.

Essa fase acabando até em dezembro, no ano que vem eu acho que nós cresceremos, segundo Paulo Guedes, 3,5%. É pouco? É pouco. Mas pra quem não está crescendo nada, é 300% a mais. No outro ano, 2021 e 22, assim sucessivamente, aí que vai acontecer o grande ‘boom’ da economia do Brasil durante a era Bolsonaro.

OD - O grupo de vocês foi eleito com esse discurso de mudança na política. O senhor já tinha experiência, como citou, mas chegando lá em Brasília a musica toca diferente, né? Nesse período que o senhor está na Câmara, o senhor acha que realmente é possível promover essa mudança? Já conseguiram promover essa mudança?

Barbudo -
Com certeza. Ela é nítida, pública e notória. Qual partido conseguiu pegar um ministério do Bolsonaro? Qual partido chegou e falou: ‘eu quero a Petrobrás’, ‘eu quero a Eletrobrás’, ‘Eu quero a Radiobrás’, ‘eu quero o INSS’? Não teve isso. Isso já foi a prova de que é possível ter uma política sem o toma lá da cá. É o que eu acabei de falar no começo da entrevista. O Bolsonaro tem inabilidade política? Claro que não. Lógico que não. Ué, o Bolsonaro pega um país quebrado, com o caixa no vermelho, consegue tocar cinco meses o Governo, sem levá-lo a banca rota, e sem negociar um ministério sequer, sem negociar uma empresa estatal sequer... É lógico, que cargos do primeiro escalão, por exemplo, o DEM,  Casa Civil ficou com o Onix, enfim. Agora, as investidas de partidos que eram acostumados foram cerceadas de imediato, e não houve a velha política. Portanto, tem condições sim de se praticar uma política diferente, e o Bolsonaro está provando. E nós estamos assistindo, de verdade.

OD - Algumas pesquisas que saíram recentemente mostraram uma queda na avaliação do presidente. O PSL tem trabalhado pra mudar esses números? E como vocês avaliam?

Barbudo -
Ainda bem que deve ser o Datafolha que falou que caiu o prestígio. Porque se não tivesse caído, as ruas do Brasil inteiro não caberiam o povo de verde e amarelo. Então, eu não acredito em instituto de pesquisa que dizia que o Bolsonaro perderia para qualquer um no segundo turno. A pesquisa, até 15 dias antes dava: Bolsonaro perde para Haddad, para Ciro, ‘bambambam’. Errado. Bolsonaro ganhou. Então...

E outra coisa, as manifestações contra estão cada vez mais diminuindo. As pessoas, eu quero dizer, a esquerda está dando um tiro no pé. E eu espero, e rogo a Deus, que mais duas eleições nós estaremos quase livre desses esquerdistas que promoveram o desmonte do Estado brasileiro. Porque o povo, com advento da internet, está se politizando, e a informação não depende mais da grande mídia manipular. Então, senhores da esquerda, do PT, do PSOL, do PCdoB: firmem-se na traia, porque o cavalo Bolsonaro passa por cima mesmo.

OD - Mas não vai contra a democracia isso, deputado? Ficar só a direita no poder?

Barbudo -
Não, mas aí tem o centro de direita. A esquerda que eu falo é a radical. A esquerda que quer implantar o comunismo. Se dependesse da minha vontade, se eu fosse presidente da república e ele tivesse esse poder, eu não admitiria partidos comunistas no meu país. Essa é minha opinião. Não é como presidente do PSL e nem como deputado do PSL. A minha posição pessoal, eu não aceitaria, porque a história mostra que em todos os países que o comunismo foi implantado, milhões de vida se perderam, e eu não queria isso para o meu país. Então eu não admitiria. Agora, tem a esquerda moderada, tem o socialismo, é uma coisa. Agora, o comunismo, que eles queriam implantar em 64, a ditadura cubana no Brasil, eu sou contra. Eu sou contra e não admitiria.

OD - O senhor falou das manifestações aí a favor e contra o Governo. Essas manifestações a favor da educação, o senhor acredita que são movimentadas pela esquerda, e o senhor acha que isso pode atingir de alguma forma o Governo?

Barbudo -
São baderneiros e a mídia mostra. Ou é manifestação cultural da educação, ou é Lula Livre. Vocês escolhem. Vocês fazem aí o que vocês querem. Por exemplo, a manifestação só fala em Lula Livre e outras coisas, CUT, MST... Não, peraí. Ou é da escola pública, ou é da universidade, ou é manifestação ideológica. Eu sou favorável a que os professores façam suas manifestações, apesar de achar que eles estão totalmente errados, porque o Bolsonaro não fez corte, ele contingenciou o dinheiro. Aliás, tudo que o governo anterior largou é tragédia. Tudo. Contingenciou um crescimento que não existiu. Se não existiu crescimento, não entrou dinheiro. Se não entrou dinheiro, não tem dinheiro pra repassar pra universidade. Então fizemos o contingenciamento. Só que a manifestação é livre. Não do jeito que eles estão fazendo, com depredação, colocando fogo em ônibus... Viu a diferença entre a dos apoiadores do Bolsonaro? Quantos ônibus nós queimamos? Quantas bandeiras nós colocamos fogo? Então é diferente. A esquerda radical eu sou contra, e eu sou contra essa manifestação radical.

OD - Falando de política local, como o PSL está se articulando para as eleições do de 2020?

Barbudo -
Está meio longe, ne?! O PSL tem vontade, eu já conversei com a Dra Selma Arruda, de nós termos candidatura própria aqui na Capital, em Várzea Grande. Não tem um nome definido ainda. Vários empresários têm me procurado, várias pessoas do agronegócio, e nós estamos em conversação, mas nada definido. O PSL sobre minha administração estará sempre aberto ao diálogo. Nada impede de lá na frente fazermos uma composição. Agora, se tiver um expoente, a pesquisa mostrando que ele tem chance de ganhar, nós vamos lançar o nosso candidato, com certeza. Agora, tem muita água pra passar de baixo da ponte, falta quase um ano, nós estamos abertos a negociação, mas nós não recuamos assim por causa de qualquer candidatinho não.

OD - Victorio Galli é uma possibilidade?

Barbudo -
Existe a possibilidade do Victorio Galli. Victorio Galli é um homem de 50 mil votos, ninguém pode menosprezar a capacidade dele. Ele teve participação efetiva na minha eleição com os votos dele, meus e dos outros candidatos, que nós fizemos coeficiente pro PSL ter um deputado federal. Então nós jamais vamos enxotar ou não deixar o Victorio Galli ser. Agora, ele precisa preencher os requisitos de estar bem pontuado na pesquisa, e ter o apoio de uma grande massa da sociedade, seja dos evangélicos, comerciantes, fazendeiros, enfim. Ele tem sim direito a concorrer e pleitear a candidatura a prefeito de Cuiabá.

OD - Qual avaliação o senhor faz do atual prefeito, Emanuel Pinheiro?

Barbudo -
Olha, eu fico pouco aqui em Cuiabá, eu quase não fico em Cuiabá, tenho pouco conhecimento. Eu tenho visto o que a imprensa noticia. Cuiabá é uma cidade que precisa de muitos investimentos. O Emanuel, eu não estou defendendo ele, eu não sou advogado dele, eu não tenho procuração pra defender ele. Mas tanto Emanuel como o Mauro Mendes pegaram o estado e a Capital numa situação econômica, financeira, dificílima. Então eu não vou avaliar assim uma nota boa, mas também não ruim, vamos dizer que ele está numa condição mediana , tocando da maneira que pode, em função da crise financeira que o estado e o país passa. Então nós precisamos ter cuidado ao avaliar uma pessoa, porque sem dinheiro é difícil trabalhar.

OD - Para além da Capital, vocês têm uma média de mais ou menos quantas prefeituras pretendem fazer ou disputar candidatura?

Barbudo -
Olha, só para você saber: nós temos praticamente dez prefeitos que já se manifestaram que vão vir para o PSL, mesmo sem concorrer. As grandes, como Rondonópolis, Primavera, Campo Verde, Sinop, Sorriso, Nova Mutum, nós estamos trabalhando. Alta Floresta, Cáceres, enfim. Nós estamos, nessas maiores, já conversando.

OD - A cassação do mandato da senadora Selma Arruda ainda é uma preocupação para vocês?

Barbudo -
Preocupação é, porque o processo está em curso. Mas nós sempre tivemos a tranquilidade de achar que no momento certo a justiça vai enxergar que a dra Selma nunca cometeu crime. Eu acompanhei a dra Selma, eu vi o quanto aquela mulher era preocupada pra prestação de contas e tudo. Infelizmente a justiça eleitoral é preocupadíssima e por um meio ou outro ficou decidido aqui que ela era culpada. Agora estamos recorrendo, e eu estou junto com a dra Selma, com o presidente do partido, junto com o Bivar, o Bivar é o nosso presidente nacional, apoiando a Dra Selma em tudo que for preciso pra fazer a defesa dela. Preocupação existe, evidentemente, porque quando existe um processo, existe o risco da sentença. Mas eu acredito que a sentença será favorável lá em Brasília.

OD - Eu sei que vocês políticos detestam fazer apostas, mas numa situação hipotética, se o TSE confirmar essa cassação até final do ano, seria uma possibilidade – caso ela não perca os direitos políticos – dela disputar a prefeitura de Cuiabá, por exemplo?

Barbudo -
Só se ela mudar de ideia, porque as dez vezes que eu perguntei pra ela, ela disse que ela não quer Executivo nem se fosse candidato único. Ela pode mudar de ideia, mas ela me disse nas últimas dez vezes que eu perguntei pra ela: ‘deputado, eu não vou mexer com o Executivo’.

OD - E o senhor, mantém aquele posicionamento de que, se for necessário, disputará eleição suplementar pra manter a vaga de senador com o PSL?

Barbudo -
Eu nunca lancei a minha candidatura a senador. Se por ventura houver o pior, o PSL terá candidato. Não significa que sou eu. Mas se o partido achar que eu deva ser, aí é outra coisa.
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