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Greve na educação

Após decisão de manutenção de greve, Sintep vai à Justiça contra corte de pontos

10 Jun 2019 - 17:18

Da Redação - Thaís Fávaro/ Da Reportagem Local - José Lucas Salvani

Foto: Rogério Florentino/ Olhar Direto

Após decisão de manutenção de greve, Sintep vai à Justiça contra corte de pontos
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) realizou, na tarde desta segunda-feira (10), nova assembleia geral e deliberou pela manutenção do protesto iniciado em 27 de maio enquanto o Governo do Estado não apresentar propostas que respondam os anseios da categoria. Além disso, os profissionais da educação afirmaram que irão acionar à Justiça contra o corte de ponto dos servidores que aderiram ao movimento. O Estado possui um total de 767 escolas que atendem a 390 mil alunos.


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O presidente do Sintep em Mato Grosso, Valdeir Pereira, afirmou durante a tarde  que o Governo não apresentou justificativas suficientes para encerrar o movimento grevista. “O documento oficio 73 de 2019 apresenta uma série de problemas porque ele não assegura em nenhum momento o cumprimento das nossas pautas, tais quais, a dobra do poder de compra, a garantia do chamamento do concurso publico e a resolução em relação aos habilitados para as vagas livres que ainda constam aqui na educação do Estado, mas apresenta e reafirma todas as ameaças. Nesse sentido, o conselho de representantes apontou para a necessidade de que nessa assembleia nos apresentássemos alguns dos encaminhamentos que estão sendo feitos pela nossa assessoria jurídica”, diz.
 


A coordenadora da escola Juares Rodrigues, Mônica Santos Silva, defende que a greve é a única saída para que os profissionais consigam ter seus direitos cumpridos. “Na verdade ninguém gosta de uma greve. A greve desestabiliza muitas coisas, porque ela se torna desnecessária quando o responsável por governar, no caso o Mauro Mendes, decidir avacalhar de fato a situação, que é o que ele tem feito. Ele tá descumprindo todas as promessas que ele fez na época eleitoral. Uma vez que ele descumpre, ele legítima essa necessidade da greve”, diz.



“A assembleia vê que é a mesma avaliação e portanto aponta a greve por tempo indeterminado aqui no Estado de Mato Grosso até que o governo apresente um documento que avance nos pontos do cumprimento da Lei 510, que é a Lei da dobra do poder de compra, do concurso publico. É um governo que terá uma marca que é cumprir a constituição do Estado. A greve que nós estamos hoje aqui no Estado é uma greve para cobrar cumprimento de legislação que já foram aprovadas que no caso da lei 510, ela já vinha da sua vigência desde 2013 e no Estado de Mato Grosso não é nenhuma novidade”, afirma o presidente.
 
Valdeir afirma ainda que os servidores que tiveram seus pontos cortados, deverão apresentar os holerites e movimentações bancárias dos últimos dois meses comprovando o desconto, para que possam assim acionar à Justiça. “Você não apaga fogo jogando gasolina em cima e o governo fez isso, isso inflamou ainda mais a categoria de maneira que não há uma possível suspensão da greve sem a questão da negociação do ponto, é possível que a categoria ainda não retorne. O que nós buscamos é que o governo entenda que a greve aqui no estado de Mato Grosso ela é fato e não é com a pressão que está sendo colocado que ele vai conseguir, precisa negociar e apresentar propostas”, ressalta.



Para o presidente o corte no ponto prejudica principalmente os alunos, já que a reposição da aula deixa de ser obrigatória. “A partir do momento que o governo cortou o ponto, ele está desobrigando as pessoas a cumprirem qualquer sacrifício em relação a qualquer tipo de calendário letivo. Os profissionais vão voltar e cumprir a sua jornada normal, caso o governo não reponha o ponto é possível que o ano letivo de 2019 possa terminar no ano civil de 2020”.  
 
A categoria cobra do Governo o cumprimento da Lei 510/2013; pela convocação dos aprovados no Concurso Público 2017, além da infraestrutura para mais de 400 escolas. 
 
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