Autoridade máxima no MDB mato-grossense, o deputado federal Carlos Bezerra comentou a retirada de apoio, por parte do presidente do DEM no Estado, Fábio Garcia, a um eventual projeto de reeleição do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Classificou a tensão como “questão passageira” e garantiu que os ponteiros estarão acertados no momento oportuno.

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“Isso é questão passageira, é coisa momentânea, o tipo de coisa que se acerta no futuro”, limitou-se a dizer Bezerra, quando questionado sobre o assunto.

Cabe destacar que, na semana passada, Emanuel também deu o episódio com Garcia como “página virada”. Confiante na aliança com o Democratas, o emedebista disse que ficou chateado com o que classificou como “delegância” por parte do suplente de senador, que dias antes havia declarado que Cuiabá precisava de um prefeito melhor.  
Ocorre que, mesmo Emanuel colocando panos quentes na situação, a aliança com o DEM não é consenso no partido. Tanto que o governador Mauro Mendes, mesmo optando por não comprar o bate-boca entre o prefeito e Garcia, disse que o presidente do Democratas tem autonimia para decidir quem apoiar ou não.

Além disso, nos últimos dias, Mendes voltou a trocar farpas com Emanuel por conta de declaraçõs do prefeito acerca do futuro do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). “Ficar repetindo chavões é irresponsabilidade, é molecagem. Ficar dizendo que VLT é moderno, que Cuiabá merece, quem fala isso não devia ter deixado roubar lá atrás como roubaram. Eu estou falando de qualquer um que deveria ter fiscalizado e não fiscalizou, que deveria ter feito e não ter roubado o Estado. É um problema grave que nós temos aí e não só para mim enquanto governador, é de todo cidadão que paga imposto. Quando roubou, roubou um pouco de todos nós”.

Ao ser questionado se dialogaria com os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande, Mauro ainda criticou a atitude de Emanuel em ter realizado as alterações nos canteiros do VLT sem ter conversado com o Governo do Estado. “Eu quero saber se o prefeito Emanuel, por exemplo, dialogou com o Governo quando ele resolveu entupir o buraco das obras?”.