A tenente Izadora Ledur, que responde a processo pela morte do aluno soldado do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, 21 anos, foi excluída da lista de candidatos à promoção pela Instituição por não atender ao requisito de conceito moral. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da corporação e publicada em Boletim Reservado na data de 7 de junho.
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No último dia 28 de março ela havia sido considera apta perante a inspeção de saúde, como requisito para ser aprovada para uma das 41 vagas para o posto de capitão oferecidas neste primeiro semestre de 2019.
A decisão que gerou a desclassificação tem como base o artigo 24, da Lei n 10076 de 31 de março de 2014, que prevê o conjunto de qualidades e atributos, caracterizados pela honra, dignidade, honestidade e seriedade que o militar estadual deve possuir no desempenho de suas funções e no convívio social, de modo a lhe conferir respeitabilidade perante a sociedade, seus superiores, pares e subordinado.
A Comissão de Promoção aferiu o conceito moral da oficial “levando em consideração o relatório da Corregedoria Geral CBMMT e as certidões de antecedentes criminais apresentados pelos candidatos”, diz trecho do documento. A comissão considerou - por unanimidade - que o nome dela não deveria ser incluído no quadro de acesso por antiguidade.
Ledur foi denunciada por crime de tortura e morte do aluno soldado, dias após ser submetido a intenso treinamento em que ela era a gestora. A tenente é julgada pela 11ª Vara Militar de Cuiabá.
O Caso:
Após deixar o treinamento sentindo fortes dores, Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 do dia 16 de novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento do curso dos bombeiros após intensas reclamações.