O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), avaliou que as negociações entre segmentos e Governo, em torno da minirreforma tributária, ainda estão muito confusas e que o projeto que prevê a revisão das regras para concessão de incentivos fiscais ainda passará por várias mudanças antes de ir para votação, o que deve, segundo ele, ocorrer somente no fim do mês.

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O governador Mauro Mendes (DEM), que a princípio disse que não tinha como fazer redução na taxação de alguns setores, já cedeu e aceitou diminuir a cobrança de ICMS para a carne e energia solar.

Para Russi, a mudança no discurso do chefe do Executivo abre brecha para que outros setores também briguem para diminuir a tributação. “Não tem nada claro ainda. Está tendo muita discussão, segmentos procurando os deputados, indo ao Governo. Ainda está muito confuso. O Governo ainda não definiu certinho o que quer. Avança, está recuando em alguns assuntos como na carne, na energia. Isso dá mais força para a Assembleia mudar ainda mais o projeto”, defendeu o parlamentar.

“A partir do momento que o Governo fala que não iria mudar, é sinal de que precisava daquilo, mas quando começa mudar é sinal de que não precisava daquilo. Foi igual aconteceu com o algodão no ano passado que lançou um valor e depois diminuiu. Está muito difícil fazer uma análise hoje de como vai ficar. Pelo que estou sentindo, teremos muita mudança”, avaliou.

A proposta do Governo para taxação de 7% no setor da carne passou por alteração por conta da forte pressão dos pecuaristas, sendo estabelecida a cobrança de 3% de ICMS em operações internas. O setor, no entanto, quer abaixar a alíquota ainda mais.