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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Já foi alvo da PF

Apartamento de advogado é alvo de desdobramento da Lava Jato em Cuiabá

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Apartamento de advogado é alvo de desdobramento da Lava Jato em Cuiabá
O apartamento do advogado e ex-auditor da Receita Federal, Marcosval Paiano, no bairro Jardim Aclimação, em Cuiabá, foi alvo da 62ª fase da Operação Lava Jato, denominada Rock City, na manhã desta quarta-feira (31). No local, documentos foram apreendidos e encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde os alvos serão interrogados. Ao todo, a Polícia Federal cumpre 33 mandados de busca e apreensão, em 15 diferentes municípios.


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O homem chegou a ser preso em outra operação que investigava um esquema de importações e exportações ilegais de produtos através da fronteira do Brasil com a Bolívia. O primeiro envolvimentodo do alvo em atividades criminosas foi descoberto por meio da operação Vulcano, deflagrada em novembro de 2008. Na época, empresários, despachantes aduaneiros, operadores financeiros e servidores da Receita Federal foram presos. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Marcosval Paiano fazia parte de uma quadrilha voltada a pratica de importações fraudulentas, com sonegação de tributos. A estimativa é que o rombo aos cofres públicos chegue a R$ 600 milhões.

Conforme noticiado pelo Olhar Direto, nesta fase da Lava Jato, o objetivo é de apurar o pagamento de propinas disfarçadas de doações de campanha eleitoral realizado por empresas do grupo investigado, que também teria auxiliado empreiteira investigada a pagar valores ilícitos de forma oculta e dissimulada, através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior, expediente conhecido como operações dólar-cabo. Executivos do grupo Petrópolis são alvos. Foi preso o controlador do grupo cervejeiro, Walter Faria, de 64 anos.

Cerca de 120 policiais federais, em cooperação com o Ministério Público Federal e com a Receita Federal, cumprem um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão, em 15 diferentes municípios. Além da Capital mato-grossense, são alvos os seguintes municípios: Boituva, Fernandópolis, Itu, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Porto Feliz, Santa Fé do Sul, Santana do Parnaíba e São Paulo/SP; Cuiabá/MT; Cassilândia/MS; Petrópolis e Duque de Caxias/RJ; e Belo Horizonte/MG. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).

Um dos executivos da empreiteira investigada, em colaboração premiada, afirmou que utilizou o grupo investigado para realizar doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de 2014, o que resultou em dívida não contabilizada pela empreiteira com o grupo investigado, no valor de R$ 120 milhões. Em contrapartida, a companhia investia em negócios do grupo investigado.

Também foi apurado que um dos executivos do grupo investigado, valendo-se do instituto do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) instituído pela Lei 13.254/16, regularizou em 2017, mediante apresentação de declaração falsa de que esses valores seriam oriundos de atividades lícitas, R$ 1,3 bilhão. Contudo, há indícios de que essa regularização tenha sido irregular, em razão da suspeita de que os valores seriam provenientes da prática de “caixa dois” na empresa, com origem em um sofisticado esquema de sonegação tributária que contava com a burla de medidores de produção de cerveja, a qual era então vendida diretamente a pequenos comerciantes em espécie, sendo os valores então entregues a couriers da empreiteira.

O esquema desenvolvido com o grupo investigado é uma das engrenagens do aparato montado pela empreiteira para movimentar valores ilícitos destinados, sobretudo para pagar propina a funcionários públicos da Petrobrás e da Administração Pública brasileira e estrangeira. Outro delito a ser apurado é o de lavagem de dinheiro. Também foi determinada ordem judicial de bloqueio de ativos financeiros dos investigados.

Os presos são levados para a Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde serão interrogados.

Outro lado 

Procurado, o grupo Petropólis se posicionou por meio de nota e informou que seus executivos já prestaram anteriormente todos os esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes. Acrescentou também que sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos. 
 
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