Ainda que Emanuel Pinheiro (MDB) e Niuan Ribeiro (PSD), prefeito e vice-prefeito de Cuiabá, respectivamente, evitem expor, o desgaste na relação dos dois é cada dia mais evidente. Os dois não romperam em definitivo, mas o social democrata já ensaia uma candidatura em oposição à uma eventual reeleição do emedebista. Esta semana, ao ser questionado sobre declarações de Niuan acerca do futuro do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o prefeito disse que respeita o posicionamento de seu vice, mas destacou que quem “dá as ordens” na Prefeitura é ele.
Leia mais:
‘Cemitério do VLT’ tem vagões danificados, sinais de invasão e extintor sem carga; fotos e vídeo
“Não há divergência, porque a palavra final é do prefeito e o prefeito apoia o VLT. O VLT é um caminho sem volta. Cuiabá e Várzea Grande carregam cerca de 7 milhões de passageiros no mês, há perfeitamente a condição de se modernizar o transporte coletivo via VLT. Eu não concordo, respeito, mas não concordo”, disparou Emanuel.
Esta semana, em entrevista à Rádio Capital FM, Niuan defendeu a troca do VLT pelo Bus Rapid Transit (BRT) e disse que Cuiabá não tem “público suficiente” que justifique a instalação do trem.
“Se alguém conseguir me convencer do contrário, estou aberto também. Não trabalho com a mente fechada, mas hoje o meu veredito é que não vale a pena terminar o VLT. Tínhamos que ir para outro caminho”, afirmou Niuan.
Emanuel, como é sabido, é defensor ferrenho do VLT e tem cobrado com frequência que o governador Mauro Mendes (DEM) indique um caminho para a retomada da obra, paralisada desde 2014.
“Acho que o VLT é um caminho sem volta e precisa ser conversado com todo mundo, principalmente com Cuiabá e Várzea Grande. Nenhum governador vai dar conta desta obra sem a bancada federal, sem a bancada estadual, sem os prefeitos de Cuiabá e de Várzea Grande, além da sociedade civil organizada. Não existe Super Homem”, afirma.