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EM ASSEMBLEIA

Após 75 dias, professores encerram greve e retomam atividades na próxima semana

09 Ago 2019 - 15:00

Da Redação - Fabiana Mendes e José Lucas Salvani

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Presidente do Sindicato, Valdeir Pereira

Presidente do Sindicato, Valdeir Pereira

Após 75 dias de greve, os profissionais da rede estadual de Educação decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (9), pelo fim da greve e o retorno das atividades escolares em 757 unidades já na próxima quarta-feira (14). Hoje, a rede estadual atende a 392 mil alunos. 


Na última segunda-feira (5), o Governo do Estado encaminhou o que classificou como a 'última proposta' para a categoria. Na mesma data, Mauro Mendes afirmou que a Procuradoria Geral do Estado já possuia respaldo jurídico para abrir procedimento de exclusão dos profissionais em greve, considerando que o movimento foi considerado ilegal (em 30 de julho) e o corte de ponto desde a data de 27 de maio (data de início da paralisação).

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"É uma greve que foi suspensa, com uma série de pontos a serem superados e conversados com o Governo aqui do estado. Depois desses dias todos de greve, a categoria se mostrou bastante heróica em fazer esse movimento, resistir mesmo com a questão do corte de ponto, sem o apoio devido do poder judiciário, tanto que entendeu que é o momento de dar uma segurada para constituirmos um novo processo de resistência no próximo período", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira. 

"A greve está suspensa, mas não quer dizer que a luta terminou aqui no Estado de Mato Grosso, mesmo porque o ponto principal da Lei 510, não houve um posicionamento efetivo do Governo do Estado. A categoria reafirma que caso o Governo não integralize ou apresente uma proposta até a próxima data base do ano de 2020, nos poderemos ter uma nova greve", acrescentou. 

O movimento nasceu embasado na cobrança de pagamento da Revisão Geral Anual até a próxima data base, em maio de 2020, bem como, a recuperação das perdas salariais, desde maio de 2019. Os profissionais também cobram a realização de melhorias estruturais em unidades. 

Mesmo com a aprovação do projeto que convalida incentivos fiscais amplamente defendida pelo Executivo, Mauro Mendes declarou à imprensa que sem uma mudança no atual cenário e com a folha ainda extrapolando o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), não existe ‘saída’.  Atualmente, Mato Grosso emprega 58% do que arrecada para a quitação da folha salarial, quando o limite é de 49%.



*Atualizada às 16h57 e às 17h14
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