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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Fake delivery

Preso, ex-secretário teria recebido mais de R$ 1 milhão em materiais e polícia quer saber ‘destino’ de produtos

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Preso, ex-secretário teria recebido mais de R$ 1 milhão em materiais e polícia quer saber ‘destino’ de produtos
A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Administração Pública (Defaz) aponta que cinco irregularidades já foram detectadas durante a investigação referente à aquisição de mais de R$ 1,1 milhão em materiais entregues na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).


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Conforme a Polícia, não existe comprovação da necessidade de aquisição dos materiais de expediente para escolas indígenas no montante comprado; ausência de planejamento nas aquisições; a ausência de comprovação de vantagens na adesão carona de registro de preço nº. 05/2013 – derivada do Pregão Presencial nº. 04/2013, da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Universidade Federal de Mato Grosso – Fundação Selva; e ainda a ausência de elaboração de contratos, vez que foram substituídos por ordens de fornecimento.

Aponta também a falta de documentação de comprovação de destino de material de expediente no valor de R$ 1.134.836,76. Para apurar o destino desses materiais,  foi deflagrada a operação Fake Delivery na manhã de hoje (19), que levou à prisão um ex-secretário adjunto da pasta. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa da ex-secretária Rosa Neide Sandes de Almeida.

Conforme a Polícia Civil, elementos iniciais da análise dos processos apontam que parte dos materiais escolares foram entregues no setor de patrimônio da Seduc, correspondente ao valor de R$ 884.956,48 (direcionados à comunidades indígenas, campo e quilombola) e que o montante de R$ 1.134.836,76 em material foi “supostamente” entregue diretamente ao então secretário adjunto de Administração Sistêmica, à época, Francisvaldo Pereira de Assunção, sem que restasse evidenciado o destino desse volume expressivo de mercadoria. Assunção foi preso em decorrência da operação na BR-163, por uma equipe da Polícia Rodoviária Federal.

O recebimento das mercadorias diretamente pelo investigado Francisvaldo Pereira de Assunção, sem a identificação de entrega no setor de patrimônio, foi ratificado por provas testemunhais e documentais.

A investigação é  coordenada pelos delegados Luiz Henrique Damasceno e Lindomar Tofoli.

Francisvaldo atua como assessor parlamentar do deputado estadual Valdir Barranco (PT), que se manifestou por meio de nota pública sobre a prisão onde reitera que "não é de seu conhecimento qualquer ato que desabone a conduta do servidor"

Veja a íntegra:

"O deputado estadual Valdir Barranco (PT-MT) acompanha atentamente, através da imprensa, os desdobramentos da operação “Fake Delivery” que envolve o servidor público, analista administrativo, Francisvaldo Pereira de Assunção, cedido à AL MT, desde maio último. Até o presente momento, não há qualquer ato de seu conhecimento que desabone a conduta do servidor de carreira".

Atualizada às 11h20
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