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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Operação Fake Delivery

‘Expuseram minhas filhas e família sem necessidade’, diz Rosa Neide sobre busca e apreensão

Foto: Assessoria

‘Expuseram minhas filhas e família sem necessidade’, diz Rosa Neide sobre busca e apreensão
A deputada federal Rosa Neide (PT) usou as redes sociais para falar sobre o mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Civil em sua residência, nesta segunda-feira (19), na operação ‘Fake Delivery’. Para a parlamentar, a ação foi desnecessária, agrediu sua vida pessoal e expôs sua família.


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O mandado de busca, segundo a Polícia Civil, apura o destino de mais de R$ 1,1 milhão em materiais destinados a escolas indígenas, supostamente entregue na sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) no ano de 2014, época em que a parlamentar comandava a pasta.

Para Rosa Neide, os agentes que cumpriram o mandado em sua residência, em um condomínio de luxo na capital, invadiram e agrediram sua vida pessoal, além de expor as suas filhas e familiares.

“Vocês sabem o que eu estou passando de ontem para cá. Não sei se todo mundo é capaz de ver sua vida pessoal sendo invadida e agredida. Expor minhas filhas e minha família a uma situação sem nenhuma necessidade. Como gestora pública, eu jamais iria colocar em dúvida o que a Justiça quer saber e como gestora sempre estarei à disposição para prestar qualquer esclarecimento. A vida de um gestor público se torna pública, mas a vida pessoal deve ser sempre preservada e respeitada”, disse a parlamentar, em vídeo publicado em sua página pessoal no Facebook.

No mesmo vídeo, a deputada agradeceu as várias ligações e mensagens de apoio que recebeu e garantiu que irá continuar sua luta para ajudar aqueles que mais precisam e votando sempre a favor dos trabalhadores na Câmara Federal.  

“Mesmo passando por este momento muito difícil e por esta situação que não desejo a ninguém, sou muito grata a este momento que serviu para eu perceber o quanto sou respeitada e o quanto tenho amigos. Recebi muitas mensagens, muitos telefonemas e as palavras que mais me afetam diretamente é das pessoas me dizendo que confiam em mim e que sabem da minha luta. É isso que me faz continuar na luta. continuarei votando aqui na Câmara do lado dos trabalhadores. Se isso incomoda alguém, paciência”, finalizou.


 

Operação
 
A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu um mandado de prisão preventiva e uma ordem de busca e apreensão, na operação "Fake Delivery", deflagrada na segunda-feira (19) e que apura a aquisição de materiais destinados  a escolas indígenas. O destino de mais de R$ 1,1 milhão em materiais supostamente entregue na sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), é apurado.
 
O mandado de prisão foi expedido para o então secretário Adjunto de Administração Sistêmica, à época, Francisvaldo Pereira de Assunção, e as buscas e apreensão na residência da  deputada federal Rosa Neide Sandes de Almeida, que era secretária na ocasião da aquisição dos materiais, no final do ano de 2014. O ex-secretário adjunto foi preso com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Posto Gil, em Diamantino.
 
Cinco irregularidades foram detectadas, sendo elas: 1. Ausência de comprovação da necessidade de aquisição dos materiais de expediente para escolas indígenas no montante comprado; 2. Ausência de planejamento nas aquisições; 3. Ausência de comprovação de vantagens na adesão carona de registro de preço nº. 05/2013 – derivada do Pregão Presencial nº. 04/2013, da Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Universidade Federal de Mato Grosso – Fundação Selva; 4. Ausência de elaboração de contratos, vez que foram substituídos por ordens de fornecimento;  5. Ausência de comprovação de destino de material de expediente no valor de R$ 1.134.836,76.
 
As testemunhas ouvidas indicaram que a aquisição seria uma determinação da então secretária, a deputada federal Rosa Neide Sandes de Almeida. Em seu depoimento na Delegacia Fazendária foi detectado contradições, razão que motivou o pedido de busca e apreensão em desfavor dela.
 
A Polícia Civil destaca que Francisvaldo Pereira de Assunção atualmente está cedido à Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, mas não há indicativo de participação de qualquer deputado estadual na investigação em andamento.
 
A apuração dos desdobramentos será concluída em autos complementares, com a finalização do inquérito policial em relação ao investigado preso preventivamente, que já responde a um processo por peculato tentado.

Nota do PT 

O Partido dos Trabalhadores se manifestou por meio de nota sobre a operação. Leia abaixo na íntegra:

Nota Pública do PT-MT
 
O Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso (PT-MT) vem a público repudiar a ação de busca e apreensão realizada segunda-feira (19), na residência da deputada federal Professora Rosa Neide (PT), no âmbito da Operação Fake Delivery. A ação foi desproporcional uma vez que a deputada jamais se negou a prestar quaisquer esclarecimentos, sobre sua gestão na Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).
 
Professora Rosa Neide é digna da irrestrita confiança da direção, da militância e dos filiados e filiadas ao Partido dos Trabalhadores. Rosa é professora desde os 17 anos. Sua vida é dedicada à educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada. Ao longo de sua trajetória atuou como secretária de Educação de Diamantino, foi vereadora naquele município, secretária de Estado de Educação e exerce o primeiro mandato de deputada federal. A companheira nunca foi acusada de qualquer conduta reprovável. Sempre agiu com honradez e postura ilibada.
 
O PT-MT repudia, igualmente, a cobertura de parcela da imprensa com claro objetivo de fazer espetacularização e pirotecnia. Também observa com estranheza, a coincidência da Operação às vésperas da então confirmada visita de Fernando Haddad (PT) a Mato Grosso, liderando a Caravana Lula Livre.
 
Ajustar o calendário das ações policiais com o calendário político partidário denota uma arbitrariedade recorrente no Brasil, característica frequente a partir da chamada Operação Lava Jato.
 
Da mesma forma, o PT-MT repudia a prisão arbitrária do filiado Francisvaldo Pereira de Assunção, servidor de carreira do Estado de Mato Grosso que, ao longo de seu exercício profissional jamais praticou ato reprovável, conduta desabonadora ou teve condenação penal.
 
Francisvaldo sempre esteve à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas referente ao período que trabalhou na Seduc-MT.
 
O PT-MT confia na Justiça, no Estado Democrático de Direito e nos marcos do devido processo legal e da Constituição Federal. Na certeza de que a verdade prevalecerá, o Partido hipoteca total solidariedade à deputada Professora Rosa Neide e ao advogado Francisvaldo e lutará para que a Justiça prevaleça para ambos.
 
Cuiabá, 20 de agosto de 2019
 
Nelson Luiz Borges de Barros
Secretário Geral do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso (PT-MT)
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