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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Operação do Gaeco

Comandante confirma que arma ‘desviada’ da PM foi usada em crime

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Comandante confirma que arma ‘desviada’ da PM foi usada em crime
O comandante geral da Polícia Militar, Cel Jonildo José de Assis, confirmou que uma arma ‘desviada’ da corporação teria sido utilizada em um crime. O fato gerou a deflagração de uma operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta segunda-feira (21), que culminou na expedição de quatro mandados de prisão. Ainda conforme o coronel, a instituição prestou todas as informações necessárias para o esclarecimento dos fatos.


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“Foi uma operação desencadeada pelo Gaeco. Temos informações iniciais de uma possível adulteração no sistema de cautela de uma arma. Esta arma estaria envolvida em uma ação criminosa. Repassamos todas as informações do nosso sistema para o Gaeco e agora os alvos passarão por audiência de custódia”, disse o comandante em entrevista à TV Vila Real.
 
O comandante ainda acrescentou que a partir do momento que a Polícia Militar receber toda a documentação, repassará à análise da Corregedoria da instituição. “Assim, iremos analisar os crimes que envolvam os militares e as transgressões disciplinares da caserna”. Por fim, ele disse que a PM em nenhum momento deixou de prestar informações.
 
Perícia realizada no celular do tenente Cleber Ferreira, alvo da ‘Operação Assepsia’ em junho deste ano foi o que deu origem a ação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nesta segunda-feira (21), que culminou na expedição de quatro mandados de prisão. No documento em que pede o salvo conduto, deferido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o tenente-coronel da Polícia Militar e especialista em segurança, Marcos Paccola, afirmou ter sido o responsável pelo ato realizado há algum tempo e que gerou o inquérito.
 
Em seu pedido de habeas corpus preventivo, o tenente-coronel explica que acredita que o fato investigado possa ser um ato realizado na confecção de um documento, com data retroativa e sua assinatura, porque à época exercia função de gerente de material bélico da Polícia Militar, que teve por finalidade atender o que havia sido “acertado” entre os delegados, para que não fosse necessário vincular o tenente Cleber Ferreira na ‘Operação Mercenários’, já que era do conhecimento de todos que nunca existiu vínculo algum com os réus da operação.
 
Aponta ainda que apesar da origem duvidosa da arma, não existia qualquer noção ou conhecimento de que ela teria vínculo do que foi apresentado em laudo de comparação balística de estojos, que havia apontado que a arma teria sido usada para deflagrar os estojos encontrados em cenas de crime.
 
Relata também no documento que a apresentação da arma foi espontânea e em data bem posterior ao fato que deu origem e apuração do inquérito policial militar e que sequer havia número de série, calibre ou modelo, sendo oportuno caso o mesmo cogitasse qualquer vínculo com ilícito, apresentar qualquer outra arma de corporação.
 
Por fim, pontua que se de um lado já existem eventuais documentos e provas suficientes para indiciamento do tenente, no cometimento do eventual crime, por outro existe total disposição e interesse dele de esclarecer e colaborar com a Justiça, na busca da verdade.
 
O caso
 
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (21), uma operação com o objetivo de cumprir quatro mandados de prisão contra oficiais da Polícia Militar, em Cuiabá.
 
As informações iniciais apontam para uma suposta venda ilegal de armas por parte dos acusados. De acordo com informações apuradas pela reportagem do Olhar Direto, são alvos o tenente-coronel Marcos Eduardo Paccola, tenente Cleber Ferreira, tenente Thiago Satiro e o tenente-coronel Sada Ribeiro Parreira. O PM Ferreira foi alvo no último dia 25 de junho de uma operação conjunta que levou à prisão envolvidos com um esquema que garantia a entrada de celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE).
 
Segundo consta, os alvos são investigados por um esquema de adulteração de numeração de armamentos na Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio (Salp) dentro do Comando Geral da PM.
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