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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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“tirada de contexto”

Eleitor do Bolsonaro, bombeiro que deu água para tatu não gostou da repercussão da foto

Foto: Divulgação

Eleitor do Bolsonaro, bombeiro que deu água para tatu não gostou da repercussão da foto
O soldado do Corpo de Bombeiros Pedro Ribas Alves, flagrado dando água para um tatu durante incêndio em Campo Novo do Parecis (a 404 km de Cuiabá), no último sábado (17), revelou à BBC News Brasil, que a foto foi tirada de contexto. "Sou eleitor de Bolsonaro. Fiquei um pouco chateado porque a foto vem sendo usada para denegrir o presidente. Essa nunca foi minha intenção e não tirei essa foto para aparecer”, disse.


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Nos bastidores da foto, a história é diferente da que se propagou nas redes sociais. Segundo conta à BBC News Brasil, o sargento, que teve a ideia de dar água ao animal e aparece no registro, acredira que a imagem que viralizou por todo o país foi politizada e tirada de contexto.

“A imagem foi tirada de contexto. Aquele incêndio não foi criminoso, não tinha nada a ver com desmatamento ilegal ou com a Amazônia. Aqui é cerrado", diz ele, que faz perícia de incêndios florestais.

Ribas conta que o incêndio não foi intencional e teve origem na queda de um fio de alta tensão sobre o pasto. As chamas devastaram 772 hectares de uma propriedade usada para a criação de gado.

"Fomos até lá justamente para investigar a origem desse incêndio. Quando estávamos retornando, vimos este tatu. Paramos para ver se ele queria água e ele não ofereceu resistência, porque estava bem fraco. Foi quando peguei um copo de água e ele foi tomando. Perdeu totalmente o instinto selvagem. Queria sobreviver a todo custo", conta.

Foto viralizada

Ribas conta que seu chefe enviou a foto para o grupo de WhatsApp da família dele, que mora no Piauí. Logo em seguida, a imagem rapidamente se espalhou nas redes sociais. "Um amigo do Paraná me mandou uma mensagem me perguntando se era eu na foto", explica.

Questionado pela BBC News Brasil sobre o que pensa da política ambiental do governo Bolsonaro, Ribas se mantém fiel ao presidente. "Acho uma covardia dizer que ele está destruindo a Amazônia. Tem muita desinformação por aí", diz, insistindo que não pode falar sobre desmatamento na floresta porque não trabalha lá.

Ribas ressalva alerta para a quantidade de queimadas ilegais na região onde atua. No Mato Grosso, o chamado "período proibitivo" para as queimadas, durante o qual os pecuaristas não podem usar fogo para a limpeza de pasto, começou a vigorar no dia 15 de julho e vai até 15 de setembro. "Durante o período proibitivo, temos poucos casos porque a fiscalização aumenta. Mas fora do período proibitivo, temos muitas queimadas ilegais, sem autorização", acrescenta.
 

Com informações de BBC News Brasil.
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