O deputado estadual Silvio Fávero (PSL) desprezou os números divulgados pelo Instituto MDA, em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), que apontaram uma queda na popularidade do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), desde o início da crise ambiental provocada pelas queimadas na Amazônia. Para o parlamentar, as declarações polêmicas de Bolsonaro, inclusive o comentário que envolveu a primeira-dama da França, são uma “marca” conhecida do presidente e não devem refletir em sua relação com o eleitorado.
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“Você acredita nessa pesquisa? Eu não acredito! O Ibope mostrava que nosso presidente tava perdendo e ele ganhou a eleição. As pesquisas não são confiáveis. Essas queimadas, tão montando um bicho que não é real. Tanto que nosso vice-presidente está lá, acompanhando de perto, e vai mostrar em breve que não é isso que estão pintando. O que querem fazer é derrubar nosso presidente”, denunciou o deputado.
“O nosso presidente sempre foi assim, é o estilo dele, sempre falou até para o vento, é o jeito dele. Ele fala a língua popular. Antes os políticos eram engravatados, falavam palavras difíceis que a população não conseguia entender. Ele fala assim. É pá e bufe. Cada um escolheu sua opção, um foi na mais nova, outro na mais velha. Eu já disse, é o estilo do Bolsonaro. E cada um usa as armas que têm”, acrescentou Silvio Fávero.
De acordo com a MDA, atualmente, o presidente é avaliado como ruim ou péssimo por 39,5% dos brasileiros. Em fevereiro, esse índice era de 19%. As pesquisas foram realizadas entre os dias 22 e 25 de agosto, em 137 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
A pesquisa indica ainda que 29,4% consideram o Governo ótimo ou bom e 29,1%, regular. Não souberam ou não responderam 2% dos entrevistados.
O estudo também avaliou o desempenho de Bolsonaro por área e revelou que 31,3% dos entrevistados acreditam que o presidente está se saindo bem no combate à corrupção. Segurança está em segundo lugar (20,8%) e redução de cargos e ministérios (18,5%).
Puxado pela repercussão negativa provocada pelas queimadas na região amazônica, o meio ambiente (26,5%) foi o segundo no ranking dos temas que ensejam maior preocupação por parte da população. A área com a pior avaliação foi a saúde (30,6%).
“Não podemos esquecer do que estamos vivendo há 20 anos, estão sendo tomadas medidas radicais, que precisavam ser tomadas, e isso desagrada a população. Mas falar que o presidente tá nesse nível? Isso para mim é mentira”, ponderou Fávero.
