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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Agente penitenciária acusada de fugir de abordagem afirma que foi agredida por PM com soco na boca

Foto: Reprodução

Agente penitenciária acusada de fugir de abordagem afirma que foi agredida por PM com soco na boca
A agente penitenciária C.R.A., acusada de fugir de uma abordagem da Polícia Militar, na madrugada de domingo (01) para segunda-feira (02), na MT-040, que liga Cuiabá a Santo Antônio do Leverger, relatou que só tentou deixar o local porque foi agredida por um PM, que estaria transtornado por ter sido ultrapassado por ela. Segundo a servidora, o homem tentou arrancar as chaves do seu veículo. “Me deu um soco na boca e quebrou uma parte do meu dente. Depois, tentou me puxar para fora do carro e disse que se eu saísse ele ia quebrar meu braço”.


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A versão da agente penitenciária foi encaminhada através de um aplicativo de mensagens. No texto, ela conta que estava indo deixar a amiga em casa e fez uma ultrapassagem no veículo do policial. Ele então teria ficado bravo e começado a acelerar na traseira do automóvel da servidora, além de dar luz alta.
 
“Eu parei o carro a pedido da minha amiga, que estava comigo. Ele desceu do carro e jogou um objeto no para-brisa traseiro do meu carro e chutou o para-choque traseiro. Com medo, eu arranquei com o carro. Fiz a rotatória e a passageira pediu pra que eu parasse, porque ela ia chamar a polícia. Foi quando ele se apresentou como policial (mesmo afastado do batalhão)”, disse a agente.
 
O policial então teria colocado os dois braços dentro do carro e tentado tirar a chave da ignição. “Ele me deu um soco na boca e quebrou uma parte do meu dente. Depois, tentou me puxar pra fora do carro e disse que se eu saísse com o carro ele ia quebrar meu braço. E arranquei e a polícia veio atrás. Eu ingeri bebida alcoólica e não configurou embriaguez, porque era uma porcentagem muito baixa”.
 
A agente também questiona o procedimento adotado na Central de Flagrantes. Isso porque ela diz que o flagrante foi lavrado sem ela e a passageira terem sido ouvidas. “Fomos encaminhadas para carceragem a mando da investigadora chefe, os demais policiais civis discordaram. Fiquei com outras duas presas, sendo uma por maria da penha e outra por tráfico de drogas. Procedimento completamente errado, porque poderia ser uma pessoa que eu houvesse conduzido como agente penitenciária”.

O caso

Uma agente penitenciária, identificada apenas como C.R.A., fugiu de uma abordagem da Polícia Militar, na madrugada de domingo (01) para segunda-feira (02), na MT-040, que liga Cuiabá a Santo Antônio do Leverger. A acusada estaria supostamente embriagada e precisou ser perseguida por dez quilômetros pelas viaturas.

Conforme as informações do Batalhão de Trânsito Rodoviária (BPTrans), uma equipe estava em rondas pela rodovia, quando viu um veículo Toyota Corolla parado e seis pessoas ao seu redor.
 
Um policial militar estava no local e pedia para que a motorista desligasse o veículo e descesse. Quando a equipe se aproximou, a agente penitenciária arrancou com o carro e acabou sendo perseguida por diversas viaturas por aproximadamente dez quilômetros.
 
A agente penitenciária e a amiga dela foram detidas e encaminhadas para a Central de Flagrantes, onde foi registrada a ocorrência. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Versão da amiga

A passageira do veículo contou ao Olhar Direto que ambas fugiram por medo. Segundo ela, a motorista foi agredida e o policial que abordou teria agido de maneira truculenta.
 
“Foi uma briga trânsito, isso realmente ocorreu, a gente tem nossa parcela de culpa, ele não é 100% errado, mas isso não dava o direito dele agredir e quebrar o carro, quebrar chave de carro, bater na boca dela. A gente saiu em disparado sim, mas por medo. Chegou um monte de viatura, o cara que estava à paisana, não estava de serviço, foi muito agressivo, pegou ela pelo pescoço, ela acelerou, só parou quando chegou em casa. Foi mais ou menos isso que aconteceu. Nossa versão não foi contada nem mesmo boletim. Isso foi terrível, eles se juntaram e colocaram toda culpa nela. Para você ter uma ideia, em mim não colocaram nada porque minha profissão não chama atenção. Já a dela para desmerecer, chama. Infelizmente ela tomou um drink”, disse.
 
“Falaram que eu tinha que pagar fiança porque eu estava dirigindo, mas quando os policiais chegaram na viatura, quem estava dirigindo era a C., ela estava com percentual de bebida menor que o meu. Falaram que eu estava dirigindo porque meu teor de álcool era maior, por isso tive que pagar fiança”, acrescentou.
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