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Sábado, 20 de abril de 2024

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Madrasta mata enteada de 11 anos envenenada para ficar com herança de R$ 800 mil

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

A acusada

A acusada

Uma mulher foi presa na manhã desta segunda-feira (9) pela suspeita de matar a enteada de 11 anos, Mirella Poliane Chue de Oliveira. A garota morreu em junho, mas o inquérito fio finalizado somente agora. A madrasta é acusada de envenenar a garota para ficar com uma herança de R$ 800 mil.


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De acordo com a assessoria da Polícia Judiciária Civil (PJC), que não divulgou o nome da acusada, o inquérito foi conduzido pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica). A morte da garota aconteceu dia 14 de junho de 2019. A madrasta tem 42 anos e foi presa temporariamente, por 30 dias.

Segundo a investigação, o veneno era administrado aos poucos, em pequenas doses entre os meses de abril e junho. O intuito era que ninguém desconfiasse do crime. Mirella chegou a ser internada várias vezes, e na última já chegou morta ao hospital.

A suspeita inicial era de que a morte havia sido causada por meningite. Também se chegou a cogitar abuso sexual, pois havia inchaço na genitália, o que logo foi descartado durante a necropsia do Instituto de Medicina Legal (IML), da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

O laudo pericial apontou morte por causa indeterminada. A Politec colheu materiais para exames complementares e, nos exames realizados pelo Laboratório Forense, mediante Pesquisa Toxicológica Geral, foram detectados no sangue da vítima duas substâncias, uma delas veneno que provoca intoxicação crônica ou aguda e a morte.

"Essa substância não é encontrada em medicamentos, portanto, sua ingestão por humanos somente pode ocorrer de forma criminosa. Os sintomas da sua ingestão são: visão borrada, tosse, vômito, cólica, diarréia, tremores, confusão mental, convulsões  etc.", explicaram os  delegados Francisco Kunze e Wagner Bassi, que conduzem as investigações.  

Conforme os delegados, as investigações apontam para autoria da madrasta. "Notamos que a menina era envenenada a conta-gotas, ou seja, ela ia dando um pouquinho do veneno, para não aparecer, porque chega no hospital, a criança está passando mal, morre de causa indeterminada, por alguma infecção, pneumonia, meningite, como muitas vezes suspeitaram", salientam.

Motivação

A madrasta teria matado a garota por conta de uma herança que ela recebeu, em decorrência da morte de sua mãe no parto, por erro médico. Parte do dinheiro, cerca de R$ 800 mil, ficou guardado para que Mirella só pudesse usar quando atingisse 24 anos.

A ação para receber a indenização foi movida pelos avós materno da criança, que ingressaram na Justiça pela indenização em 2009. O processo foi encerrado neste ano.

O pagamento da ação começou em 2019. Até 2018, a menina era criada pelo avós paternos. Em 2017, a avó morreu e no ano seguinte, em 2018,m o avô faleceu também, e a garota passou a ser criada pelo pai e madrasta. A partir daí, começou o plano da mulher para matar a criança com o objetivo de ter acesso ao dinheiro.

A mulher, que não teve o nome divulgado ainda, foi ouvida após a morte da menina e contou que convive com o pai da vítima desde que ela tinha 2 anos de idade e que se considerava mãe dela. Ela declarou que a enteada começou a ficar doente em 17 de abril de 2019, apresentando dor de cabeça, tontura, dor na barriga e vômito. A suspeita foi levada para a sede da Deddica, em Cuiabá. 
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