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​Sete de setembro

Emanuel diz que não foi a desfile cívico para não constranger Mauro: “me hostiliza e falta com respeito”

10 Set 2019 - 11:30

Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo/ Da Redação - Lucas Bólico

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Emanuel diz que não foi a desfile cívico para não constranger Mauro: “me hostiliza e falta com respeito”
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), admitiu que não compareceu ao desfile cívico militar em comemoração à Independência do Brasil, em sete de setembro, para evitar dividir o mesmo espaço que o governador Mauro Mendes (DEM). Ambos têm protagonizando há semanas por meio da imprensa um embate repleto de alfinetadas e críticas, que volta e meia descamba para o lado pessoal. Pinheiro afirmou que sua presença no mesmo palanque no dispositivo de autoridades poderia constranger o democrata e reclamou de como vem sendo tratado.  

 
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“Eu não vou ficar medindo palavra não, eu vou ser franco. O governador tem me hostilizado terrivelmente em público. Tem, por algumas vezes, faltado com respeito comigo como prefeito da capital, então se ele não me quer do lado dele pra que eu vou constrangê-lo? Por que eu vou... eu só quero a gente dialogando institucionalmente e resolvendo os problemas da população cuiabana, já me basta. Então não precisa ficar batendo foto, não precisa ficar junto, já que ele não quer, ele está se sentindo tão mal com a minha presença, então deixa ele tocar as atividades dele, torço que dê certo”, disse Emanuel Pinheiro, em entrevista nesta terça-feira(10).
 
Apesar da rusga pública, Pinheiro garante que está empenado em colaborar com a gestão estadual no que estiver ao seu alcance. “Se depender de mim, principalmente para beneficiar Cuiabá e a população cuiabana, tudo farei para isso acontecer. E deixo com o governador, dei liberdade ao governador de conviver como ele quer conviver. Eu já vi que ele não quer a minha presença ao lado dele. Então porque eu vou constrangê-lo? Vou desafiá-lo?”, completou.
 
Pinheiro disse que não sabe a origem da desavença que nasceu entre os dois, que já foram aliados políticos no passado. “Gostaria de saber. Bem diferente de quando fui coordenador de campanha dele. Sempre nos demos muito bem. Eu até conversei com Paulo Araújo para descobrir porque, mas também não quero fazer disso um tópico. Deixa pra lá. O que importa é que ele e atenda Cuiabá, porque o governo precisa de Cuiabá e Cuiabá precisa do Governo do Estado. Eu só quero isso, relação institucional de alto nível. Se o governador agir de forma institucional de alto nível, não precisa tomar cerveja junto, bater foto... deixa que eu tomo cerveja com Paulo Araújo, Silvio Fávero, que eles gostam de tomar junto comigo”.
 
 O debate entre Pinheiro e Mendes vem se alongando há semanas. Recentemente, o governador afirmou que o rival fala muito, trabalha pouco e mente. “Eu não vou entrar nesse nível do governador, que devia estar muito nervoso na hora [que deu essa declaração], com tantos problemas que ele tem. Eu acho que essa não é a postura mais indicada para o chefe do poder Executivo Estadual”, respondeu o emedebista.
 
Uma dívida entre o Governo do Estado com a Prefeitura de Cuiabá, em atrasos para a saúde, tem servido de combustível para a crise entre os dois. O Estado reconhece a dívida, mas um valor inferior ao protestado pelo município. O prefeito já afirmou que vai acionar a Justiça para tentar receber o valor, que orbita entre R$ 39 milhões e R$ 56 milhões, a depender da versão das partes envolvidas.
 
“Não é isso o que a sociedade espera dele quando se discute um assunto tão grave e tão sério que é uma dívida já reconhecida, o que está em jogo é só o valor, mas uma dívida já reconhecida no Estado, uma divida muito alta, mesmo o valor que o Estado reconhece, quase R$ 40 milhões é uma dívida altíssima que o Estado tem com a população cuiabana. Então eu não vou entrar nessa discussão, nesses termos, e espero que daqui para a frente ele entenda que essa relação institucional entre prefeito da capital e governador do Estado precisa ser feita em alto nível, com respeito mutuo, principalmente quando está em jogo a saúde pública da população cuiabana”.
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