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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Fim de regalias

Presos terão ‘crédito’ para compras na PCE e redução na quantidade de comida; veja o que muda

Foto: Reprodução

Presos terão ‘crédito’ para compras na PCE e redução na quantidade de comida; veja o que muda
A nova diretoria da Penitenciária Central do Estado (PCE) já colocou em prática uma série de mudanças decorrentes da ‘Operação Agente Douglas’, deflagrada há um mês como uma espécie de intervenção na unidade, com o objetivo de fazer uma limpeza e reforma no local. Entre as novidades estão a redução na quantidade de comida que os detentos irão receber e a proibição da circulação de dinheiro. Sendo assim, as pessoas terão um ‘crédito’ que só poderá ser utilizado por elas.


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As visitas de familiares aos presos tiveram mudanças nas datas durante a semana e a partir de agora serão às sextas-feiras, sábados e domingos. Não haverá mais a visitação nas quartas-feiras.
 
A direção da unidade informou ainda que a cada mês haverá rotatividade nos dias de visitas nos raios 1, 2, 3 e 4, garantindo que todos os familiares possam ver os presos no dia de domingo. Por dia de visita, cerca de 600 pessoas ingressam na unidade. Os presos podem receber até dois visitantes devidamente cadastrados, além das crianças.
 
Outra alteração é que serão permitidos até dois quilos de alimentos por preso, acondicionados em um único vasilhame transparente. Antes era permitido ingressar até seis quilos de comida por preso em mais de um recipiente.
 
A circulação de dinheiro foi proibida dentro da PCE. Os familiares deverão fazer depósitos, que ficarão como créditos na conta do recuperando junto à cantina da PCE, cuja instalação é prevista pelo Artigo 13 da Lei 7.210/84, que dispõe sobre Execução Penal no país.
 
Assim, os presos não vão poder revender em suas celas o que compravam da cantina por não haver circulação de dinheiro e nem poder vender os créditos para terceiros.
 
Após as mudanças organizacionais dentro da unidade, haverá a terceira fase da ação, que compreenderá no aumento da oferta de trabalho aos recuperados, oportunizando que os mesmos possam trabalhar e produzir para a sociedade, além da qualificação profissional e a educação.
 
Em 30 dias, os agentes penitenciários apreenderam 171 celulares, 506 chips, 12 baterias avulsas, armas artesanais, além de 352 cadernos com anotações feitas por presos, que serão analisados pelos órgãos competentes, durante a primeira fase da operação na Penitenciária Central do Estado. Alguns dos cadernos continham informações sobre aplicação de golpes por sites de compra e venda.
 
Também foram apreendidos sete quilos de drogas, encaminhadas para a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) ao longo da operação, iniciada em 13 de agosto.
 
Com a limpeza e retiradas de excessos nas celas, como freezers, micro-ondas, forno elétrico, aparelhos musicais, televisores, dentre outros produtos, foi possível fazer obras e ampliar mais 137 leitos.

Materiais

A intervenção na Penitenciária Central do Estado (PCE), batizada de ‘Operação Agente Douglas’, continua a retirar diversos objetos e produtos de dentro das celas da unidade prisional. Os agentes encontraram drogas, aquecedores de água e até bebidas alcoólicas artesanais. O objetivo da ação é fazer uma limpa, reforma e reestabelecer a ordem no local, que conta com 2.400 reeducandos.
 
Desde o início da operação, foram retirados de dentro das celas dos presos todo o excesso de material que dificultava os procedimentos de revista pelos servidores da unidade: colchões, puff´s, ventiladores, televisores, aparelhos de rádio, aquecedores de água, sanduicheiras, freezers, entre outros.

 

Além do excesso de material legal, também foi apreendida uma grande quantidade de celulares, armas brancas, carregadores, baterias de celulares e bebidas alcoólicas (‘Maria Louca’, uma bebida artesanal feita pelos próprios presos como resultado da fermentação de arroz e cascas de frutas cítricas).

Operação
 
A operação foi batizada de “Agente Douglas” em homenagem ao agente penitenciário executado por membros do Comando Vermelho, na cidade de Lucas do Rio Verde, com vário tiros de pistola 0,9 mm, quando chegava em sua residência.
 
A operação de reforma na Penitenciária Central do Estado foi iniciada no dia 12 de agosto. Estão sendo realizadas mudanças nas celas, pinturas e retirada de produtos que estão em desconformidade com o Manual de Procedimento Operacional Padrão do Sistema Penitenciário.



Além da reforma, a operação de revista geral tem o objetivo de fortalecer as ações de enfrentamento a crimes que possam ser cometidos dentro da unidade penal, além de se antecipar a possíveis atos delituosos.
 
A operação é realizada apenas na Penitenciária Central do Estado, não sendo estendida a nenhuma outra unidade no interior ou mesmo na Capital.
 
Entre os materiais em excesso que estão sendo retirados, segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindspen), estão televisores, ventiladores, prestobarba, sanduicheiras e outros eletrodomésticos. “É uma limpa. O excesso atrapalha o trabalho de revista dentro da unidade. É até uma questão de saúde, temos um número alarmante de doenças infectos contagiosas”, disse a presidente do Sindspen, Jacira Maria da Costa.
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