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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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TAPETE VERMELHO

“Tirem o cavalinho da chuva”: Medeiros afirma que Selma ficará oito anos no Senado

Foto: Reprodução

“Tirem o cavalinho da chuva”: Medeiros afirma que Selma ficará oito anos no Senado
Com a experiência de quem já disputou eleição ao Senado - na ocasião como suplente de Pedro Taques (PSDB) - e sofreu com a cassação de seu mandato, o deputado federal José Medeiros (Pode) classificou o pleito em Mato Grosso como uma "carnificina" ao dar as boas-vindas para a senadora Selma Arruda, que passa por situação parecida e trocou de sigla nesta quarta-feira (18) alegando "falta de amparo" no PSL, partido do presidente da República Jair Bolsonaro. Durante cerimônia em Brasília, Medeiros disse ter certeza da inocência de Selma e que ela concluirá os oito anos de mandato.


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“Saiba que o Podemos está de braços abertos. Me perguntaram: ‘Selma está chegando, como vamos recebê-la?’. E eu respondi: casa aberta, ar-condicionado ligado e tapete vermelho. Hoje a imprensa de Mato Grosso está lá cheia de pré-candidatos ao Senado, quero dizer para eles tirarem o cavalinho da chuva porque já está trovejando e Selma fica até o ultimo dia do mandato”, declarou Medeiros, durante a cerimônia de filiação.

Eleita como a candidata mais votada ao Senado em 2018, com quase 700 mil votos, a juíza aposentada Selma Arruda teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, acusada de omitir da Justiça despesas de R$ 1,2 milhão durante a campanha, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico.

Na semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, emitiu um parecer no qual defende a cassação imediata do mandato de Selma e a realização de novas eleições em Mato Grosso para preencher a vaga.

A cassação de Selma ainda precisa ser confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a análise do processo sequer tem data marcada, mas uma série de nomes já começa a surgir no horizonte como possíveis candidatos ao cargo, entre eles o do ex-governador Júlio Campos, do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, do deputado Dilmar Dal’Bosco, todos do DEM, e do ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD).

“Ela foi a mais votada e foi ela que o povo mato-grossense quis eleger e mandar pra cá. E eu digo isso preliminarmente para dizer da injustiça que ela está sofrendo. A eleição em Mato Grosso para o Senado foi uma carnificina, muita gente que já não tinha voto querendo ganhar a eleição antes de começar, tentaram tirar ela do páreo de tudo que é jeito. Não conseguiram, mas a perseguição começou já na campanha. Quando terminou a eleição eles já diziam: ‘ela ganhou, mas não toma posse’. E começou o martírio e ela enfrentando tudo de peito aberto. O único crime que Selma cometeu foi ter sido a segunda mulher do Estado a se tornar senadora. Seu crime foi ousar contra as oligarquias, isso é um pecado que não passa impune ali. Quem perdeu está tentando ganhar a eleição na mão grande, como se ninguém tivesse feito pré-campanha”, rebateu Medeiros.

Conhecimento de causa

Em 2018 o TRE de Mato Grosso determinou a cassação do mandato do então senador José Medeiros por conta de uma fraude em registro da candidatura. Ele foi eleito primeiro suplente de Pedro Taques em 2010 e assumiu quando o titular assumiu o Governo do Estado, em 2015.

A ação apurou uma possível fraude nas assinaturas da ata que definiram a candidatura da coligação ‘Mato Grosso Melhor Para Você’. O registro original tinha o então candidato Pedro Taques, seguido pelo deputado estadual Zeca Viana (PDT) como primeiro suplente e o empresário Paulo Fiuza na segunda suplência.

Com a desistência de Viana, que optou por disputar a reeleição como deputado na Assembleia Legislativa, Fiúza deveria ter tomado posse no lugar de Taques, após ele se licenciar para disputar o Governo do Estado, mas a ata, segundo a Justiça Eleitoral, foi fraudada colocando Medeiros como o primeiro suplente. A ação chegou a ser extinta, mas uma decisão do TSE mandou reabrir o caso em 2016.
 
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