O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou que o Legislativo trabalha com a perspectiva de um superávit no orçamento maior do que o anunciado pelo Governo do Estado. Desde a aprovação da minirreforma tributária, o Executivo e a Casa de Leis divergem sobre a economia que a nova legislação deverá produzir. Botelho salientou, no entanto, que apesar do alivio nas contas, outras medidas ainda precisam ser adotadas para que se alcance o equilíbrio fiscal.

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“O projeto [dos incentivos] foi importante, foi aprovado, a Casa fez as melhorias devidas e eu acredito que o que vamos arrecadar ano que vem vai ser bem maior que isso [do que o projetado pelo Governo], vai dar um superávit maior, na faixa de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões. Essa é a minha perspectiva. Nós começamos a sair da crise, mas só vamos sair totalmente na hora que conseguirmos pagar RGA, pagar todos os direitos dos servidores, pagar todos os fornecedores e fazer um cronograma de investimentos. Aí sim, teremos saído da crise. Então, ainda tem um caminho longo para isso”, defendeu Botelho.

Na semana passada, após finalização do novo projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, o relator da matéria no Legislativo, deputado Dr. Eugênio (PSB), anunciou que o Estado saiu de uma previsão de orçamento deficitário para um superávit de R$ 122 milhões.

O Governo, que já havia anunciado a necessidade de revisão no projeto da LDO, em razão de incrementos na receita do Estado, optou por incluir anexos ao invés de elaborar um substitutivo.

Em julho, após a aprovação do projeto de revisão dos incentivos fiscais e que instituiu a minirreforma tributária, Botelho disse que texto final, com as mudanças promovidas pela AL, poderá possibilitar ao Estado uma arrecadação de até R$ 1 bilhão.

Mauro Mendes, no entanto, trabalha com uma expectativa mais tímida. Na época, a divergência provocou, inclusive, uma pequena crise entre a Assembleia e o Governo, depois que o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, disse que os deputados tinham desfigurado a proposta do Executivo.