O escritório e a empresa (União Avícola) do ex-senador Cidinho Santos (PL) foram alvos de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (01), durante a deflagração da quarta fase da 'Operação Carne Fraca'. A Polícia Federal apura o pagamento de R$ 19 milhões em vantagens indevidas para auditores fiscais agropecuários. Ao
Olhar Direto, o ex-parlamentar disse que a acusação é infundada e que não era necessário ordem judicial para que os documentos fossem entregues.
O inquérito tem como foco principal a apuração de crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em diversos estados, em benefício da BRF, grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação.
O grupo empresarial relatou á PF que, ao menos 60 auditores fiscais agropecuários teriam sido favorecidos com as vantagens indevidas. Há indicativos de que foram destinados R$ 19 milhões para os pagamentos indevidos.
Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais.
Ao
Olhar Direto, o ex-senador confirmou que seu escritório e sua empresa, localizada em Nova Marilãndia (274 quilômetros de Cuiabá), foram alvos da Polícia Federal. "Não existe nenhum vantagem indevida paga a servidores públicos com o plano de saúde", explicou.
O ex-parlamentar ainda pontua que os agentes da PF foram em busca de materiais e afirma que a empresa não tem nada a esconder. "Estou tranquilo. Se tivessem solicitado, toda a documentação está disponível, independente de mandado".
A empresa do ex-senador, União Avícola, existe há mais de dez anos e emprega 1.300 pessoas.
Atualizada às 08h02.