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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Prefeito pede sensatez em ação da PF e teme quebra-quebra: “Tem gente que saiu só com a roupa do corpo”

Foto: Reprodução

Prefeito pede sensatez em ação da PF e teme quebra-quebra: “Tem gente que saiu só com a roupa do corpo”
O prefeito de Aripuanã (704 quilômetros de Cuiabá), Jonas Canarinho (PR), pediu sensatez á Polícia Federal durante a segunda fase da ‘Operação Trypes’, deflagrada na última segunda-feira (07), com o objetivo de fechar um garimpo ilegal que contava com aproximadamente 1.500 pessoas. O gestor disse que muitos reclamaram que saíram só com a roupa do corpo e teme que a situação se transforme em um quebra-quebra, trazendo prejuízos á cidade.


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“Eu estou em Brasília (DF) e fizemos um protocolo pedindo aos órgãos que não façam maldade com quem está lá. A cidade está vivendo uma situação muito difícil, aquela região é marcada por coisas bárbaras. Precisamos ter sensatez. Queremos que eles deixem as pessoas retirarem os maquinários e também pertences”, disse o prefeito ao Olhar Direto.

Segundo o gestor, muitos foram obrigados a deixar seus barracos apenas com a roupa do corpo e impedidos de retornar para pegar pertences. “O Brasil não está mais aceitando tratar pessoas nesta situação. Tem coisas que não precisam. O cara sai de lá sem dinheiro, com a roupa do corpo. Isso traz uma instabilidade muito grande, é claro que eles se revoltam”.
 
Ainda conforme o chefe do Executivo municipal, por temor de quebra-quebra, o comércio local fechou as portas. “A prefeitura, assistência social, estamos todos em alerta. Os lideres estão pregando tranquilidade, mas isto pode mudar”.

 

Imagens divulgadas pela Polícia Federal nesta terça-feira (08) mostram máquinas derrubando os barracos que foram erguidos na área do garimpo ilegal.

O garimpo ilegal contava com uma população de 1,5 mil pessoas. Atraídos pela ‘febre do ouro’, todos montavam seus barracos na extensa e depredada área. Nesta terça-feira (08), após a morte de um garimpeiro em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a população fez um protesto pelas ruas da cidade.

O garimpo ilegal esta em funcionamento desde outubro de 2018. No local, há pessoas armadas e isso tem contribuído para homicídios. Além disso, há outros crimes cometidos na área, como: ambientais, contra o patrimônio e tráfico ilícito de drogas.



Morte
 
Um garimpeiro, ainda não identificado, morreu em confronto com o Bope, na segunda-feira (07). Os policiais orientaram que todos deixassem o local. Porém, em um dos barracos, o homem disparou tiros contra a equipe, que revidou e o atingiu com dois tiros na região do tórax. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
 
Fazem parte da ação, além das policiais Militar e Federal, Sistema Penitenciário, Polícia Judiciária Civil (PJC), Corpo de Bombeiros, Grupo de Operações Especiais (GOE) da PJC, Politec, Polícia Militar, Força Tática, Rotam e os fiscais do Ibama e da Sema.

Fase 1
 
No dia 26 de setembro, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da ‘Operação Trypes’, com o objetivo de investigar irregularidades na extração de ouro em garimpos de Mato Grosso.  Foram cumpridos mandados de prisão em Juína, Aripuanã, Alta Floresta e Paranaíta.
 
A ação tem ligação com o avião localizado em junho deste ano, na cidade de Aripuanã, com uma quantidade em ouro.
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