Em meio às incertezas sobre o que pode acontecer com a vaga de Selma Arruda (Podemos) no Senado Federal, o quarto colocado na disputa pelo cargo em 2018, ex-deputado federal Adilton Sachetti (Republicanos), não tem dúvidas sobre seu futuro político: disputará em breve nova eleição. O ex-prefeito de Rondonópolis afirmou na manhã desta sexta-feira (11) que está estruturando seu grupo político para em breve passar pelo crivo das urnas. Resta saber se tentará ocupar a vaga de Selma ou se brigará para voltar à chefia do Executivo da segunda maior economia de Mato Grosso.
 
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“Se surgir a vaga para o Senado é claro que eu vou disputar. Minha última disputa foi essa, eu acho que ficou mal organizado na época em termos políticos e a gente ficou numa posição vulnerável. Se houver nova eleição, vou trabalhar para ter um novo arranjo político e vou trabalhar para disputar”, vaticinou o republicano, durante entrevista concedida em evento partidário realizado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
 
Sachetti tem trabalhado para viabilizar-se a uma eventual eleição suplementar, que poderá ser determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral, em andamento à cassação de Selma determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Caso a vaga não se abra, toda a rticulação feita neste momento será aproveitada nas eleições municipais do próximo ano.
 
“Prefeitura de Rondonópolis é conseqüência de todo arranjo que está ai. A gente está de preparando para montar um grupo lá. [Na verdade], o grupo a gente já tem, mas para estruturar esse grupo, para fazer com que tenhamos um candidato para enfrentar o atual prefeito”, afirmou. E o candidato pode ser o próprio Sachetti.  
 
“Para ganha a eleição é outra conversa, tem que conversar com a população e apresentar as propostas. Eu vejo que Rondonópolis precisa realmente de um prefeito que pense a cidade como um todo. Que não pensa a cidade só em uma parte, que não pense só em um segmento da sociedade, mas que pense a sociedade como um todo e a cidade como um todo”, defendeu.
 
Nesta fase de articulação, Sachetti prega que seu grupo dialogue inclusive com o atual prefeito José Carlos do Pátio (SD), que pode ser seu eventual adversário. “Eu acho que a gente tem que conversar com todo mundo, inclusive com o Zé do Pátio. Política se faz conversando, a gente não precisa aceitar todas as situações individuais de cada um, mas a gente tem que conversar, porque se você não conversar você deixa a oportunidade do diálogo e se a gente quer fazer uma política pensando na cidade toda, tem que ouvir todos”.

Disputa ao Senado
 
Adilton Sachetti disputou o Senado em 2018 e acabou em quarto lugar, com 333.082 votos, o equivalente a 12,10%. A candidata mais votada foi Selma Arruda, com 678.542 votos (24,65%), seguida por Jayme Campos (DEM), com 490.699 votos (17,82%) e ambos se elegeram. Em terceiro lugar ficou Carlos Fávaro (PSD) com 434.972 votos (15,80%), que também já anunciou a pretensão de disputar a vaga de Selma em eventual eleição suplementar.