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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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CRISE PARTIDÁRIA

Medeiros revela busca de filiados do PSL ao Podemos, mas não crê em desfiliação de Bolsonaro

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Medeiros revela busca de filiados do PSL ao Podemos, mas não crê em desfiliação de Bolsonaro
A eventual mudança partidária do presidente da República, Jair Bolsonaro, gerou alvoroço esta semana em Brasília e fez com que pelo menos 20 parlamentares do PSL se virassem “contra” a sigla. De acordo com o deputado federal José Medeiros (Pode), alguns dos eventuais dissidentes já procuraram seu partido em busca de acomodação. O mato-grossense, no entanto, duvida que o chefe do Executivo vá, de fato, deixar sua atual legenda.


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“Tem alguns parlamentares que querem vir para o Podemos, mas eu acho que é mais espuma do que chopp. Como vazou aquele vídeo do Bolsonaro, virou aquela coisa toda. Mas eu tenho para mim que isso tende a se ajeitar pelas próximas semanas. Porque o presidente está em meio a uma gestão muito difícil, tem desafios muito grandes, 13 milhões de desempregados que ele herdou aí, tem que arrumar essa economia... Construir um novo partido não é uma tarefa fácil, seria mais uma coisa e eu não acho que ele vá querer mais essa tarefa. O PSL já está prontinho e tirando a sigla em si, que já existia, foi Bolsonaro quem construiu o partido. Então, tirando aquele rompante, eu acho que a tendência é se arrumar”, avaliou Medeiros.

Os rumores da desfiliação de Bolsonaro tiverem início ainda no mês passado, quando uma série de políticos ligados ao PSL anunciaram que iriam deixar a sigla por conta da pressão que Luciano Bivar e o próprio filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, vinham exercendo sobre os parlamentares do partido para que recuassem da abertura da CPI da Lava Toga. Entre os descontentes, vale destacar, estava Selma Arruda, que terminou migrando para o Podemos, que é comandado por Medeiros em Mato Grosso.

A crise foi ampliada depois que a investigação sobre supostas candidaturas-laranja no partido ganhou força. Bivar é um dos citados pela Justiça Eleitoral e teria, segundo o Ministério Público, usado uma candidata laranja para desviar dinheiro do fundo especial de campanha. Além de Bivar, o ministro do Turismo de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, que é deputado pelo PSL, também é investigado. Ambos negam as irregularidades.

Como se não bastassem rusgas, o presidente da República orientou, na última terça-feira (08), um apoiador que se apresentou como pré-candidato pelo PSL em Recife (PE) a esquecer o partido. O presidente pediu ainda que o apoiador não divulgasse um vídeo no qual citava Bivar, dizendo que o deputado está "queimado". "Esquece o PSL, tá ok? Esquece", disse Bolsonaro.

Na quarta-feira (10), um grupo de deputados do PSL chegou a emitir uma carta em apoio a Bolsonaro e com críticas indiretas a Bivar. Medeiros afirmou que tem se mantido distante da crise, mas disse que pretende conversar com o colega nos próximos dias.

“É partido, o nome já diz tudo, de vez em quando tem esses arrancas. Não é incomum esse tipo de coisa, principalmente quando se trata do partido do presidente, porque ele é quem tem a chave do cofre e é quem realmente manda. Eu não falei com o Bivar, porque eu procuro me afastar quando a temperatura está muito elevada. Não quero por lenha na fogueira, mas depois quero me aproximar dele e tentar entender isso. É um problema interno do PSL e eu não quero me meter nisso”, pontuou.
 
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