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Zero eficiência

Empresa fantasma de São Paulo entregou softwares piratas e conteúdos de outro Estado para MT

22 Out 2019 - 18:10

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Fabiana Mendes

Foto: Fabiana Mendes/Olhar Direto

Empresa fantasma de São Paulo entregou softwares piratas e conteúdos de outro Estado para MT
As investigações da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), em conjunto com o Comitê Interestadual de Recuperação de Ativos (Cira), Delegacia de Capturas e Polícia Interestadual (DCPI) de Brasília e Ministério Público Estadual (MPMT) demonstraram que a empresa Avançar, que detinha dois contratos com o governo do Estado na gestão do ex-governador Silval Barbosa, era fantasma. Além disto, constatou-se que ela fez a entrega de softwares piratas e materiais com conteúdo de uma cidade do interior de São Paulo, que nada auxiliaram no ensino em Mato Grosso.


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Investigadores da Delegacia Fazendária (Defaz) foram até a sede da empresa na cidade de Valparaíso (SP) e constataram que ela não existia nos endereços registrados nos contratos e não havia indício de que um dia estivessem lá. “É uma empresa fantasma, feita com o intuito de desviar recursos”, disse o delegado Luiz Henrique Damasceno.
 
“Em uma disciplina que deveria contar o conteúdo de história de Mato Grosso, havia o de uma cidade do interior de São Paulo. É como se aquele material tivesse sido feito para outro Estado e só copiado para cá. Foram encontrados em auditoria feita pela Controladoria Geral do Estado (CGE) softwares piratas, lousas digitais que não foram entregues”, disse o delegado titular da Defaz, Anderson Veiga.
 
Alguns softwares, segundo as investigações, nem rodavam nos sistemas operacionais das máquinas existentes. “A efetividade do contrato não existiu, foi de zero. Venderam fumaça. A própria Secretaria de Educação (Seduc) disse que desconhecia o uso destes programas nas escolas e isso foi lá em 2015”.
 
Os acusados da fraude de R$ 10 milhões de recursos públicos deverão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica.
 
O delegado Luiz Henrique também aproveitou para destacar o nome da operação. “Este nome é motivado pelo que foi contratado e não entregue, com escolas trabalhando até hoje com o quadro negro. Que também leva o sentido da maneira que se encontra a educação no Estado atualmente”.

Além de Valdir Piran, também foram alvos de mandado de prisão: o ex-presidente da Câmara de Cuiabá e do Cepromat, Wilson Celso Teixeira (Dentinho); o também ex-mandatário do mesmo órgão, Djalma Soares; Francisvaldo Pereira de Assunção, ex-secretário adjunto de Administração Sistêmica, e Weydson Soares Fonteles, este último detido em Brasília (DF).

A operação visou dar cumprimentos a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar com o objetivo de apurar desvios ocorridos no antigo Centro de Processamento de Dados do Estado (Cepromat), atual Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI). 

As ordens judiciais foram decretadas pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal da Capital. Ao todo foram expedidos seis mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão domiciliar, em Cuiabá (MT), Brasília (DF) e Luziânia (GO).

A operação é coordenada pelos delegados Anderson Veiga, Luiz Henrique Damasceno e Bruno Lima Barcellos.
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