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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Jornalista morto por causa de R$ 3 era chamado de ‘cheque ouro’ por assassino

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Jornalista morto por causa de R$ 3 era chamado de ‘cheque ouro’ por assassino
O jornalista Marcelo Leite Ferraz, assassinado a pedradas por John Lenon da Silva, 21 anos, no dia 28 de setembro deste ano, em Cuiabá, por uma dívida de apenas R$ 3 por droga, era apelidado pelo criminoso como ‘cheque ouro’, denominação dada para um usuário que teria condições de se manter no vício. As informações foram apontadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).


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De acordo com o delegado Fausto Freitas da Silva, que conduziu as investigações, a vítima foi morta em decorrência de um desentendimento pelo uso de entorpecente. O indiciado acreditou, inicialmente, que a vítima teria dinheiro para comprar drogas, mas se indignou quando viu que Marcelo não trazia dinheiro consigo.
 
Depoimento de uma das testemunhas localizadas pela DHPP, e que seria namorada do indiciado, apontou que no dia do fato ela estava com John Lenon e mais outro usuário de drogas próximos da Avenida Rubens de Mendonça. Em certo momento, John saiu do local e retornou com a vítima, denominando Marcelo de 'cheque ouro', uma designação utilizada por usuários de drogas da região para nominar pessoas de poder aquisitivo.
 
Quando foi preso, na mesma semana em que ocorreu o crime, John Lenon confessou a morte do jornalista e alegou que praticou o crime porque encontrou a namorada em ato libidinoso com a vítima, afirmação que foi desmentida pela namorada dele, que saiu do terreno baldio antes do crime.
 
A versão apresentada pela namorada do suspeito foi confirmada por meio de provas, inclusive, imagens de câmeras na região do crime, e de outra testemunha, também ouvida pela polícia.
 
“A versão de que o indicado cometeu o crime porque viu a namorada em ato libidinoso com a vítima comprovadamente não se sustentou após as investigações realizadas”, disse Fausto Freitas.
 
John Lenon teve a prisão temporária convertida em preventiva na última semana e ficará detido durante o curso do procedimento criminal. A prisão foi deferida pelo juiz Flávio Miraglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

O caso

O jornalista foi dado como desaparecido no dia 28 de setembro. Por volta das 20h, ele saiu do bairro Jardim Aclimação e disse que estava a caminho da Praça da Mandioca, onde iria encontrar alguns amigos. Desde então, não deu notícias. Seu corpo foi encontrado com sinais de violência no início da tarde da segunda-feira (30), data em que a família também registrou o boletim de ocorrência.

De acordo com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Marcelo havia sido morto há aproximadamente 48 horas. Ele teria sido morto a pedradas e, em consequência, teve traumatismo craniano. O corpo do jornalista foi liberado pelo IML após a análise e foi velado na terça-feira, 1º de novembro.

A suspeita inicial era de que a vítima teria pedido uma porção de pasta base, que custava R$ 3, mas não tinha dinheiro para pagar. Assim, o acusado teria pego uma pedra e desferido diversos golpes na cabeça da vítima. Após matá-lo, John Lennon confessou a um homem que estava embaixo de um viaduto, dizendo “me dá uma droga que acabei de matar uma pessoa”.
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