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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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CONTRATO RECÉM-ASSINADO

Governo de MT acompanha crise na Bolívia e garante que fornecimento de gás não corre riscos

Foto: Reprodução

Governo de MT acompanha crise na Bolívia e garante que fornecimento de gás não corre riscos
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Cesar Miranda, afirmou que o Governo do Estado vem acompanhando atentamente o desenrolar da crise na Bolívia, que culminou, neste domingo (09), na renúncia do presidente Evo Morales. O secretário disse crer, ainda, que o fornecimento do gás boliviano para Mato Grosso não será afetado pelas tensões no país vizinho. O contrato com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), empresa petrolífera boliviana, foi assinado no final do mês passado.


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“Nós temos um contrato firme de fornecimento, dentro das normas internacionais e, independente de quem for o mandatário do país, os contratos têm que ser cumpridos, obedecidos. Nós estamos acompanhando atentamente todas as noticias referentes à Bolívia, a essas mudanças na administração, mas acredito que não vamos ter nenhum tipo de paralisação no fornecimento de gás, até porque a YPFB boliviana não tem contrato só com o Governo de Mato Grosso e com a MT Gás, eles têm contrato também com a Petrobrás, com  Governo argentino e outros. Cláusulas internacionais regem esses contratos e eu acredito firmemente que eles serão cumpridos”, defendeu Miranda.

Em maio deste ano o governador Mauro Mendes (DEM) esteve na Bolívia para dar início às tratativas da comercialização do gás e do fornecimento de ureia - fertilizante usado nas plantações de soja, de cana de açúcar e que também serve para alimentar o gado. Durante encontro com o presidente Evo Morales, o chefe do Executivo assinou um termo de desenvolvimento de mercado com o Governo boliviano.

O fornecimento do GNV boliviano a Mato Grosso havia sido interrompido no ano passado e, desde então, o duto que liga a Bolívia até Cuiabá ficou parado com 5 milhões de metros cúbicos do produto armazenados. Isto aconteceu porque a empresa proprietária do gasoduto, a Gás Ocidente Mato Grosso (GOM), não renovou o contrato de transporte. No dia 26 de setembro, Mauro Mendes e uma comitiva de deputados estaduais voltaram a Bolívia para a assinatura do contrato com a YPFB.  

O Governo de Mato Grosso iniciou, ainda, tratativas no sentido de reativar a termelétrica de Cuiabá. Não há previsão de conclusão dessas negociações.

Crise ampliada

Neste domingo, Evo Morales anunciou em rede nacional, pela televisão, que renunciaria ao cargo. O vice-presidente, Álvaro García Linera, também apresentou a renúncia. O então presidente alegou ter sofrido um golpe e acusou seus opositores de perseguirem seu Governo e aliados.

No mesmo dia, mais cedo, Evo havia dito que convocaria novas eleições, após a Organização dos Estados Americanos, OEA, divulgar que as eleições de 20 de outubro haviam sido fraudadas. Ele lembrou isso em seu pronunciamento de renúncia: "De manhã cedo estivemos reunidos com alguns ministros e decidimos, inclusive, renunciar ao nosso triunfo para que novas eleições ocorram em toda a amplitude".

Pouco antes da renúncia, os chefes das Forças Armadas e da Polícia, além da oposição, haviam pedido que Evo Morales deixasse o cargo para "pacificar" o país.

"Lamento muito esse golpe cívico, e de alguns setores da polícia que se juntaram para atentar contra a democracia, contra a paz social com violência, com amedrontamento para intimidar o povo boliviano. Por que tomei essa decisão? Para que Mesa e Camacho não sigam perseguindo meus irmãos dirigentes sindicais. Para que Mesa e Camacho não sigam queimando a casa dos governadores de Oruro e Chuquisaca”, justificou o agora ex-presidente.
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