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Terça-feira, 19 de março de 2024

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CAMINHO SEM VOLTA

Bolsonaro anuncia saída do PSL e deputados de MT avaliam acompanhar presidente

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Bolsonaro anuncia saída do PSL e deputados de MT avaliam acompanhar presidente
O presidente da República Jair Bolsonaro anunciou oficialmente, no final da tarde desta terça-feira (12), que está deixando o PSL – partido que o elegeu e lhe deu projeção no cenário político nacional. O comunicado foi feito em uma reunião com alguns parlamentares da sigla, que avaliam a partir de agora se irão acompanhá-lo ou não em seu novo projeto de criar uma sigla própria, a chamada Aliança Pelo Brasil. Entre os participantes estava o deputado federal, Nelson Barbudo, atual presidente do PSL em Mato Grosso.

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O encontro entre Bolsonaro e os parlamentares do PSL foi realizado no Palácio do Planalto. A equipe jurídica do presidente e dos respectivos deputados e senadores avaliam, a partir de agora, em quais circunstâncias a Aliança Pelo Brasil será criada. A princípio Bolsonaro deverá ficar sem legenda até que a nova sigla saia do papel.

Conforme noticiado pela coluna Picantes, de Olhar Direto, dos parlamentares mato-grossenses ao menos um já definiu que irá acompanhar o presidente: o deputado estadual Claudinei Lopes. Seu colega de Parlamento, o deputado Silvio Favero, disse em entrevistas recentes que aguardava o anúncio oficial de Bolsonaro para, então, se reunir com Nelson Barbudo e decidir seu futuro.

Em outubro, em meio à polêmica da eventual desfiliação de Bolsonaro, Barbudo disse ao Olhar Direto que não acreditava que a crise entre o presidente e Luciano Bivar – presidente nacional do PSL – fosse dar em algo. Ponderou, ainda, que analisaria uma série de fatores antes de decidir se acompanharia o presidente da República, caso sua saída do partido se confirmasse. Barbudo é amigo pessoal de Bivar e possui relação muito próxima com Bolsonaro.

“Eu estou numa área de conforto e não vou entrar em atrito com ninguém. Eu só tenho que esperar os acontecimentos. É uma tempestade política de um ou dois dias e não vou emitir opinião sobre um eventual problema entre o Bolsonaro e o Bivar. Eu acho que vai terminar em pizza”, disse Barbudo, na ocasião.

Início do conflito

Os rumores da desfiliação de Bolsonaro tiverem início em setembro, quando uma série de políticos ligados ao PSL anunciaram que iriam deixar a sigla por conta da pressão que Luciano Bivar, e o próprio filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, vinham exercendo sobre os parlamentares do partido para que recuassem da abertura da CPI da Lava Toga.

A crise foi ampliada depois que a investigação sobre supostas candidaturas-laranja no partido ganhou força. Bivar é um dos citados pela Justiça Eleitoral e teria, segundo o Ministério Público, usado uma candidata laranja para desviar dinheiro do fundo especial de campanha. Além de Bivar, o ministro do Turismo de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, que é deputado pelo PSL, também é investigado. Ambos negam as irregularidades.

Como se não bastassem rusgas, no início de outubro, o presidente da República orientou um apoiador que se apresentou como pré-candidato pelo PSL em Recife (PE) a esquecer o partido. O presidente pediu ainda que o apoiador não divulgasse um vídeo no qual citava Bivar, dizendo que o deputado estava "queimado". "Esquece o PSL, tá ok? Esquece", disse Bolsonaro, na ocasião.
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