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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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janeiro a setembro

Levantamento aponta que 36 mulheres foram vítimas de feminicídio em MT

Foto: Reprodução

Foto: Mária Lúcia, Ester Maria de Carvalho, Daiane Oliveira e Luciana Aparecida da Silveira. Todas mulheres foram mortas pelos atuais e ex-companheiros nos últimos meses.

Foto: Mária Lúcia, Ester Maria de Carvalho, Daiane Oliveira e Luciana Aparecida da Silveira. Todas mulheres foram mortas pelos atuais e ex-companheiros nos últimos meses.

Entre janeiro e setembro de 2019,  Mato Grosso registrou 36 casos de feminicídio  - homicídio praticado em decorrência de a vítima ser mulher (misoginia e menosprezo pela condição feminina ou discriminação de gênero, fatores que também podem envolver violência sexual) ou em decorrência de violência doméstica. 


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O levantamento foi feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEAC) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), e apontou que houve um aumento de 5,8% em relação ao mesmo período de 2018, quando foram contabilizadas 34 ocorrências.

Os dados de feminicídio são fechados trimestralmente, por conta da necessidade de investigação prévia para definição da motivação do crime de homicídio. Além disso, a Sesp também faz o levantamento anual dos dados. No ano passado, de janeiro a dezembro, houve 42 feminicídios no Estado.

O feminicídio é uma qualificadora da categoria de crime contra a vida nos casos em que o homicídio de mulheres é motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero. A Sesp acompanha os casos de feminicídios a partir dos dados enviados pelas unidades de apuração da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT). É importante ressaltar que os dados fechados trimestralmente são passíveis de alteração, uma vez que a investigação do crime é complexa e a consolidação da motivação pode exigir extensão de prazo e envio posterior.

Todas as motivações

Segundo informações da assessoria de imprensa, a CEAC também fechou os dados de homicídios de vítimas femininas registrados em Mato Grosso entre os meses de janeiro e outubro de 2019, e que envolvem todas as motivações. Neste caso, foram contabilizadas 70 mortes de mulheres de todas as idades. O número é o mesmo registrado nos mesmos períodos de 2018 e de 2017.

A motivação passional continua liderando os casos, com 40%. Em seguida, estão os casos a apurar, com 27%, seguidos por “envolvimento com drogas” (14%); rixa (7%) e vingança (7%); pedofilia (2%) e álcool (2%); e por último, ambição (1%).

A sexta-feira foi o dia da semana com maior número de homicídios envolvendo vítimas femininas: 15. Em seguida, estão os seguintes dias da semana: quinta-feira (13), sábado (11), domingo (9), segunda-feira (8), quarta-feira (8), terça-feira (6).

Por faixa etária, as vítimas femininas predominantes (18) tinham entre 36 e 45 anos de idade; 13 possuíam de 18 a 24 anos de idade; 8 entre 30 e 35 anos; 8 de 46 a 59 anos; 7 entre 25 e 29 anos de idade; 7 de 12 a 17 anos; 5 acima de 60 anos; 3 entre zero e 11 anos; e uma com idade não informada.

O levantamento demonstrou ainda que 34% dos homicídios de mulheres foram cometidos com utilização de arma de fogo; 29% com arma cortante ou perfurante; 12% por força muscular; 7% com arma contundente; 1% por veneno; e em 17% dos casos foram empregados outros meios.
 
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