O vereador Juca do Guaraná Filho (Avante) encaminhou à coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), promotora Ana Cristina Bardusco, imagens que comprovam que o vereador Abílio Junior (PSC) esteve reunido com a servidora Elizabete Maria de Almeida, no dia em que ela denunciou ter presenciado suposta negociação de compra de votos para a cassação de Abílio, envolvendo o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
As imagens, segundo Juca do Guaraná, foram filmadas no Hospital São Benedito, onde a servidora está lotada, horas antes da confraternização na casa do parlamentar, onde a denunciante garantiu ter presenciado a articulação para compra de votos.
Para o vereador, os vídeos comprovam que a servidora, o vereador Abílio Junior e um advogado que não teve o nome revelado, estavam organizando um complô para prejudicar o prefeito e parlamentares de sua base.
“Os vídeos mostram que a Elizete, assim como o Abílio, e este advogado renomado na Capital se reuniram na tarde do dia 21 de novembro, horas antes da confraternização que aconteceu na minha residência que aconteceu pela noite”, explicou o parlamentar.
A servidora, que disse ter ido a casa de Juca do Guaraná mais tarde, acusa o prefeito Emanuel Pinheiro, além dos vereadores Juca do Guaraná, Misael Galvão (sem partido), Chico 2000 (PL) e Ricardo Saad (PSDB) de estarem tramando para cassarem Abílio.
Um boletim de ocorrência chegou a ser registrado e o caso está sendo apurado pela Delegacia Fazendária (Defaz).
Veja os vídeos abaixo:
O vereador Abílio se manifestou por meio de nota. Veja a íntegra:
"Em virtude das imagens propagadas pelo vereador Juca do Guaraná (Avante), a assessoria do vereador Abilio Junior (PSC) esclarece:
1. que o vereador Abilio não esteve reunido com a servidora do Hospital São Benedito (HSB);
2. que os vídeos apresentados pelo vereador Juca na tribuna da Câmara de Cuiabá, nessa quinta-feira (05-12), mostram que estão reunidos os depoentes de acusação, todos arrolados pelo ex-diretor do HSB, Oseas Machado, autor do pedido de cassação do vereador Abilio;
3. que as imagens apresentadas pelo vereador Juca não mostram o vereador Abilio com a servidora que denunciou o próprio Juca de fazer “festa”, juntamente com o prefeito Emanuel e outros vereadores para a cassação do vereador Abilio;
4. que o vereador Abilio conheceu a servidora somente no momento da oitiva, realizada no dia 26 de novembro, e que, até o momento, não foi divulgada por interesse exclusivo da Comissão de Ética, que insiste em manter o sigilo desse processo;
5. que as conversas que teve com a servidora foram acerca das denúncias de interferências políticas praticadas junto à administração do HSB, bem como a articulação para a cassação do vereador Abilio;
6. que o vereador Abilio esteve no HSB no dia 21 de novembro para apurar denúncia sobre aquisição e uso inadequado de insumos e medicamentos, assim como esteve em outros momentos à época da CPI da Saúde, a qual o próprio Oseas foi citado por atos de improbidade administrativa, etc;
7. que nesse dia 21, a fiscalização seria feita, inclusive, com companhia do vereador Ricardo Saad (PSDB), que chegou a usar a tribuna da Câmara de Cuiabá para falar dos problemas enfrentados pela classe médica do HSB; e também do deputado Ulisses (DC), que ambos cancelaram enquanto os aguardava na recepção do HSB;
8. que o vereador Abilio tem todos os registros que podem comprovar esses esclarecimentos acima elencados, conforme arquivos em anexo.
“Eles querem construir a verdade deles. Mas a verdade é uma só. Basta eles mostrarem o que foi falado na oitiva pela testemunha. Porque esse sigilo? Mas a conclusão das investigações, vai mostrar a verdade. O Juca, assim como o prefeito tem muito poderio econômico e, assim, tentam calar tudo e a todos. Mas estou trânquilo com tudo isso. Não tenho o que temer, pois tenho convicção da minha conduta e dos meus princípios”, diz Abilio sobre o processo de cassação e os fatos que têm sido veiculados acerca do processo".
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