Com o apoio de vários prefeitos, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, que deixou o PSD no início do mês e migrou para o PL, pode disputar a eleição suplementar para o Senado contra seu antigo correligionário Carlos Fávaro (PSD), candidato que ele defendia até pouco tempo e que apoiou na eleição do no passado.

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De acordo com Fraga, existe um movimento dos prefeitos do Estado para que o novo senador eleito defenda a causa municipalista, bandeira esta, que não era o ponto forte da senadora cassada Selma Arruda (Pode). O ex-prefeito de Nortelândia também não descartou ser o candidato, caso seja o desejo de seu partido.

“Tem um grupo de prefeitos que desde as eleições passadas defendiam uma candidatura municipalista. Mas estamos aguardando a publicação do acórdão, para vermos como vão ser as regras desta nova eleição, como que estão movimentando os partidos e os possíveis candidatos, para fazermos uma análise e ver se temos a condição de ter uma candidatura municipalista”, disse ao Olhar Direto.

O presidente da AMM também afirmou que é de interesse de seu novo partido, o PL, ter mais um senador que luta pelos municípios, como é o caso de Wellington Fagundes, eleito em 2014 e que ficará no mandato até 2022.

“Os partidos querem ter mais senadores em Brasilia. Evidentemente como o Wellington Fagundes é muito ligado aos municípios, isso tem despertado no seio do movimento municipalista o interesse de ter mais um senador com esta bandeira em Brasília. Este é o movimento dos prefeitos do Estado. Agora o que estamos fazendo é aguardar a finalização deste caso para entendermos quais serão as regras, os outros candidatos, para tomarmos uma decisão de como este movimento dos prefeitos irá caminhar nesta eleição”, explicou.

Neurilan que até o mês passado estava no quadro de filiado do PSD, apoiou a candidatura do terceiro colocado na disputa pelo senado no ano passado, Carlos Favaro, que é um dos principais candidatos para vaga de Selma.

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve no início desta semana, a cassação dos diplomas da senadora eleita Selma Arruda e de seus suplentes, pela prática de abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos nas Eleições Gerais de 2018.

A Corte Eleitoral determinou o afastamento dos parlamentares, após a publicação do acórdão, e a convocação de novo pleito, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso (TRE-MT), para a escolha de novo representante do estado no Senado Federal.