Com três empréstimos aprovados para Prefeitura de Cuiabá durante seu primeiro ano de gestão, que totalizam cerca de R$ 670 milhões, o presidente da Câmara Misael Galvão (PTB) avaliou que a capital está precisando das ações que serão realizadas com o recurso e que a dívida não trará problemas futuros para o município.

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A opinião do presidente, no entanto foi duramente confrontada por vereadores da oposição, que durante todo ano foram contra a contratação de empréstimos, com a justificativa de que a cidade iria perder a capacidade de investimento no futuro.

Para o presidente, a cidade está precisando de asfalto, saneamento e melhorias na mobilidade urbana e os projetos do Executivo foram aprovados para realizar estas melhoras, que vão impactar positivamente em toda a capital.

“Sou presidente dos 25 vereadores, não sou presidente da base ou da oposição. Tenho que respeitar a opinião de cada vereador, mas na minha opinião, Cuiabá tem capacidade real de receber estes recursos e precisa. Qualquer capital ou cidade do porte de Cuiabá não pode abrir mão destes recursos, até porque se formos fazer asfaltamento em todos os bairros utilizando recursos da Fonte 100, a gestão ficará comprometida. De onde vamos tirar os recursos para pagar os servidores, a saúde?”, questionou o vereador em entrevista ao Olhar Direto.

“Com estes recursos temos que pensar para o bem de Cuiabá e não podemos abrir mão. Hoje Cuiabá é uma capital que está no patamar para receber estes recursos com capacidade financeira de endividamento altamente capacitado. Se não fosse assim, o BNDS, a Caixa Econômica não estaria oferecendo e abrindo este crédito. Cuiabá está acima de qualquer discussão política, mas respeito o pensamento de cada vereador”, explicou.

Durante sua gestão como presidente da Câmara, que finalizará no dia 31 de dezembro de 2020, Misael liderou a aprovação de projetos como um empréstimo da Prefeitura de Cuiabá junto à Caixa Econômica Federal (CEF) no valor de R$ 125 milhões para a construção da Avenida Contorno Leste, que deve ter extensão de 17,3 km.

Em outubro, a casa de leis também deixou passar um empréstimo de R$ 100 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para obras de pavimentação, que vão beneficiar 20 bairros.

Em abril deste ano, o município também teve autorização para fazer empréstimo de US$ 115 milhões, cerca de R$ 445 milhões, junto à Corporação Andina de Fomento, para a realização do ‘Programa 300 Anos’, que prevê uma série de obras de infraestrutura para a capital.