O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) jogou a toalha e declarou que não tem mais esperanças em receber o recurso de R$ 82 milhões que o Governo do Estado deve para Cuiabá, para ser aplicado no Hospital Municipal (HMC). Para o emedebista, o governador Mauro Mendes (DEM) desrespeitou e cometeu uma injustiça contra a população da capital.

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O recurso, oriundo de uma emenda parlamentar da bancada federal, era para ter chegado aos cofres do município ainda em 2018 e seria usado para equipar e mobiliar o até então novo pronto-socorro, que estava em obras.

De acordo com o prefeito, houve um acordo com o ex-governador Pedro Taques (PSDB), que se comprometeu assinando documentos, de que os R$ 82 milhões seriam usados em unidades médicas no interior e que depois seria devolvido para Cuiabá, para a conclusão do hospital.

Acontece que com a mudança no governo, com a eleição do empresário Mauro Mendes, que inclusive prometeu terminar a obra do novo pronto-socorro em seu plano de Governo, o acordo não foi cumprido e ao que tudo indica, não será celebrado por parte do Estado.

“Ele foi prefeito da capital, conhece como ninguém as dificuldades da saúde na Capital e sabe que é Cuiabá que carrega a saúde no Estado, principalmente com o HMC, com o São Benedito e com as UPAs. Eu achei um desrespeito, uma violência contra Cuiabá, uma injustiça, mas o governador não voltou atrás”, disse o prefeito em entrevista ao Olhar Direto.

“O governador entendeu que não precisava mais nos repassar este discurso da emenda, porque ele era para mobiliar e comprar equipamento para o hospital. Tentei ponderar, disse que se eu fosse governador, iria sentar com o prefeito para discutir como melhorar a saúde usando este recurso. Poderíamos junto criar outras ações, mas não teve diálogo e este recurso é um recurso perdido. Graças a Deus, eu consegui com minha equipe os R$ 100 milhões. Acho que este recurso não virá mais, o que eu acho uma injustiça com a capital”, afirmou.

O HMC, que teve início na gestão de Mauro Mendes, quando ainda era prefeito de Cuiabá, ficou paralisado e só foi concluído e inaugurado graças ao empenho político de Emanuel Pinheiro, que com a ajuda do ex-ministro Blairo Maggi (PP) e do senador Wellington Fagundes (PL), conseguiu um recurso de R$ 100 milhões com o Governo Federal para finalizar a obra.

A unidade médica, que foi completamente inaugurada somente no mês de outubro de 2019, já está com 100% de funcionamento e é hoje o maior hospital do Estado.