Usando as redes sociais, a deputada federal Rosa Neide (PT) justificou o seu voto a favor do aumento do recurso do fundo eleitoral para R$ 2 bilhões, aprovado por maioria na Câmara Federal na semana passada, por entender que o financiamento público de campanhas, evita que políticos venham a defender os interesses de empresários no futuro.

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“A deputada Rosa Neide é contra financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas, onde os eleitos não defendem os interesses da maioria da população e sim de seus financiadores (empresários, fazendeiros, banqueiros, etc). Rosa Neide defende o financiamento público, pois a democracia tem custo. Neste sentido, ela votou a favor do orçamento de 2020, com previsão de R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral. Este valor foi proposto pelo Governo e aprovado pelo Congresso”, disse um comunicado publicado pela parlamentar.

O Congresso Nacional aprovou a destinação dos R$ 2 bilhões para as eleições municipais do ano que vem, com 242 votos favoráveis à 167 contrários. O valor supera os R$ 1,7 bilhão de dinheiro público destinado aos partidos na eleição de outubro de 2018, quando houve a disputa para deputados estaduais, distritais, federais, senadores e presidente da República.

Por Mato Grosso, também votaram a favor do aumento do fundo eleitoral os deputados Leonardo Albuquerque (SD) e Neri Geller (Progessistas). Foram contrários os deputados Emanuelzinho (PTB) e Juarez Costa (MDB). Os deputados da base do Governo Federal Nelson Barbudo (PSL) e José Medeiros (Pode), assim como Carlos Bezerra (MDB) estavam ausentes.

A proposta seguirá agora para sanção do presidente Jair Bolsonaro, que foi quem encaminhou a proposição para o Congresso Nacional.

A disputa eleitoral de 2020 será a primeira eleição municipal abastecida com recursos públicos. As contribuições de pessoas físicas até serão permitidas, mas com o limite de 10% da renda do doador.

O financiamento público para as campanhas foi defendido por partidos do Centrão e da oposição durante as discussões no Congresso.